E, contra todas as previsões, Dorival resolveu mexer na estrutura que até então estava sendo vitoriosa. Muitas modificações no treino dessa quarta-feira. Tudo indica que o substituto de Love será Hernane, que joga tanto, mas taaanto, que quase foi trocado pelo Cleber + Renato Santos; o meio terá Ibson, Renato, Léo Moura e Cleber.
Se por um lado Dorival admite haver uma pequena dúvida se coloca Amaral para a saída de Ibson ou Renato, tudo confirma que Cáceres foi inexplicavelmente barrado, mesmo que com o paraguaio em campo o Fla tenha obtido ótimos números: 5 vitórias, 3 empates e 1 derrota, com um total de 8 gols sofridos; entretanto, 4 destes gols vieram da derrota para o Internacional, ou seja, nos outros 8 jogos o time sofreu apenas 4 gols.
Sem Amaral, o Flamengo joga com 4 homens de meio que não são marcadores natos. Renato é o único que taticamente sabe quando ficar ou quando subir. Mais doideira ainda, agora nas laterais – na esquerda um ala que marca muito mal e apoia muito; na direita uma das melhores opções de ataque terá que ficar mais recuado para não dar espaço pro Bahia.
Pra completar o show de horror tático: na frente, substituindo Love, Flamengo vai de Hernane, artilheiro do campeonato paulista e centroavante trombador que tem faro de gol ops, ele é artilheiro e etc e é ruim? Pensem no Junior é isso aí, muito bom pra estadual, jogando contra time pequeno, mas quando a coisa aperta não é nem sombra de um Souza ou Adriano! Além das limitações técnicas, temos o complicador tático que é colocar um centroavante, que não tem qualquer cacoete para jogar saindo da área, ao lado de outro centroavante paradão que não tem joelhos para correr, puxar um contra-ataque e por isso mesmo não tem mobilidade. Liédson joga se fingindo de morto; se a bola não chega nele dentro da área, é incapaz de fazer qualquer mal.
Se o Bahia quiser atropelar o Flamengo terá que aproveitar o 1° tempo. Partir como um rolo compressor contra um meio campo velho (2 jogadores ainda voltam de lesão), sem dar espaço para um contra-ataque partindo da lateral direita com Wellington Silva e não dar mole de fazer faltas perto da área. No meio do segundo tempo devem vir as modificações: entrada de Adryan no lugar de Léo Moura ou Renato e Nixon no lugar de Liédson; se o desespero for grande Bottinelli no lugar do meia que não saiu para a entrada de Adryan. Ainda assim, se o Bahia virar o tempo com 2 a 0, dificilmente o Flamengo conseguirá fazer 2 gols sem um artilheiro, mesmo com 2 jogadores rápidos. E ainda dará espaço para contra-ataques que podem fechar o caixão.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.