é goleada tricolor na internet
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Publicada em 20 de julho de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Desobediência e fritura

Fico aqui me perguntando sobre o atual time do Bahia e estremeço só de pensar em algumas possibilidades. Não sei se quero acreditar que o time não presta, se há desunião no grupo, se há desmotivação por parte desses jogadores, ou se o comandante Artur está perdido ou foi tragado pelo elenco.

Bem, o time não me parece ruim para uma Terceira Divisão. Desunião… hum!… pode ser, há até ingrediente no grupo para tal, e isto é fator que desequilibra. Desmotivação não creio: tá em dia, no “arame”. De tática, o time não tem nada, e quando em campo parece um bando de peladeiros. Será que Artur não é mais obedecido? A partir do jogo contra o América de Propriá (credo!, se pelo menos fosse o do Rio…!) não posso pensar em outra coisa que não seja desobediência ao comandante.

Que infeliz recontratação essa do Nonato (ingrediente para desunião), hein? O moço não emagrece, se acha titular, parece peitar todos, impor sua escalação, e o que é pior… até prego no Fazendão parece baixar a cabeça para ele. Tô assistindo a um velho filme do final de 2003. Pelo menos o principal artista da época é o mesmo. Tá passando da hora de se tomar providências e mostrar a ele, Nonato, os seus limites. Dizem que ele fez um gesto horrível para a torcida após marcar o golzinho chorado do 1 x 0 em Itabaiana, e se assim foi, cavou outra vez a própria sepultura.

Artuzinho, noutro dia, arrancou aplausos de mim ao dizer que “o Bahia não precisa de boleiros, sim de homens que saibam jogar futebol”. Aí, de repente, me aparece nada mais nada menos que Nonato. Por falar nisso… Carlos Alberto, melhorou da cabeça? Futebol ele sabe jogar e é o tipo do “menino traquino” que agrada a torcida. Mas voltando à “vaca fria”… então “seo” Artur, abriu exceção para um boleiro? O problema é que esse “um” pode botar o rebanho no brejo. Tá avisado!

Me lembro que quando o Fluminense do Rio foi parar na terceirinha, as coisas foram encaradas com tanta responsabilidade, que até Carlos Alberto Parreira se ofereceu à diretoria para tirar o Flu do buraco onde se encontrava, e foi aceito, é claro. Aqui não aparece nenhum “abnegado” que venha trabalhar um pouquinho mais barato, só para ajudar ao Bahia. Não é, Don Evaristo?… mesmo você, em fim de jornada profissional, ainda sou mais você. Mas você não é o Bahia que sempre disse ser, senão já estaria aqui, porque “cantado” foi.

É verdade que se dependesse de mim o técnico seria sempre de safra nova como o próprio Artur, Márcio Araújo, Pintado, Ricardo Longhi, Zetti, Estevam, Beijoca, Gelson e tantos outros que estão loucos por uma oportunidade. Não estou dizendo que os citados acima sejam salvação alguma, apenas apostas que certamente não desapontariam. Mas como o Bahia tem uma filosofia de sempre apostar no que já vem pronto, consequentemente um Márcio Araújo, por exemplo, não teria perfil para o Bahia atual. Enquanto isso, lá na escola do Sul, o Gremio permanece com Mano, que veio do interior, e o Internacional aposta em Gallo. Quem está no Coritiba? Pintado, é claro.

Olha aí, gente! Não estou fazendo apologia à saida de Artur, apenas percebendo que ele parece estar sendo fritado em chapa quente. Porque não é possível que Artur não saiba de tática, ele que foi um jogador altamente inteligente e de uma visão extraordinária dentro do campo. O Bahia está um time completamente feio até agora e, pior, sendo engolido táticamente por adversários sem nenhuma expressão. O caso, me parece, é de desobediência dentro de campo, podem até escutar o que Artur fala, mas não executam. Se não for assim é o time que não vale um “tostão furado”, e aí é perda de tempo esperar que um time desses pretenda subir à Segunda Divisão.

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Ah… esse futebol brasileiro! Quem diria, hein? Renasce dos escombros, traz Afonsos e Fernandos, inventa um goleiro chamado Doni em detrimento de Ceni, coloca um zagueiro mais duro de cintura que um pau de vassoura, e chega em cima da Argentina, pimba!!! Somos campeões das Américas. Méritos para Dunga e Jorginho. Mas agora aguentemos uma nova Era Dunga, haja futebol feio de três cabeças de área.

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Os meus amigos Luís Cládio e Carlinhos Silveira, que atualmente residem em Aracaju, foram a Itabaiana ver Bahia x América (credo!), mas voltaram azedos com o futebol apresentado pelo Bahia. Disse-me Luís Cláudio que o Bahia de Artuzinho não passa da outra fase, dependendo dos adversários. “Esse time do Bahia é feio demais e Artuzinho é horrível”, exclamou.

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Meus pêsames à todas as famílias enlutadas pelo maior e mais chocante (vimos a aeronave e o prédio arderem com todos) dos acidentes da aviação brasileira. Todos nós brasileiros, principalmente, estamos tristes e receiosos de tudo, não temos segurança dentro do nosso próprio País. Aqui se brinca de ser sério, aqui é o País do faz-de-conta, aqui mandam a gente relaxar e gozar, aqui o ser humano é apenas um detalhe, um número, diante do poder. Possivelmente virá por aí mais uma CPI, que ao seu término não dará em nada. É uma pena, mas ainda não aprendemos a exercer a nossa cidadania. Cidadania aqui é só de cima pra baixo!

Desculpem-me.

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