A minha vontade é passar o resto do ano sem nem ouvir falar de futebol, e não pelo fato de perder uma simples partida onde nada estava sendo decidido, mas sim por perder de forma desavergonhada. Não diria que no conceito da trama estivesse previsto derrota ao ponto da humilhação, mas que perder era uma necessidade, isso saltou aos olhos dos mais imberbes torcedores presentes à Fonte Nova.
A goleada foi consequência do que já vinha errado desde que se instalou a queda de braço entre Souza e Jorginho.
Pena é que a gente percebe essas coisas, faz a equação dos fatos e se chega à conclusão de que o que se viu no jogo de domingo passado foi qualquer coisa do anormal nada digno. Mas nada se pode provar, e citar nome de supostos envolvidos seria leviandade. Então fica só na base da suposição, por assim dizer.
A gente sabe que essas coisas são corriqueiras no futebol, quando jogadores decidem derrubar um técnico eles o fazem de forma tão sutil que em algumas ocasiões nem dá pra perceber. Mas no Domingo que passou nem sutileza houve, o que se percebeu foi um time disposto a não ganhar. Se assim não aconteceu, então é melhor dispensar 80% do time por absoluta deficiência técnica.
Não é fácil e nem agradável sair do conforto de casa para ver um concorrido espetáculo e depois ver que uma molecagem solidária deixou de fazer o dever de casa. E o respeito, onde foi parar? Pergunto do respeito pela torcida, pelo Bahia, pela festa da inauguração, pelo menino João Thiago, e por eles mesmos jogadores que deveriam pensar nas suas respectivas famílias… Sim, porque essas coisas envolvem exemplos absolutos.
Após o desastre, já manhã de segunda feira, conversei com o Presidente Marcelo e fiquei sabendo que Joel seria o novo técnico… Fiquei desapontado, pois não esperava a volta de Joel. Mas como no futebol o óbice só existe na regra do jogo, os sentimentos tornam-se apenas detalhe nesse picadeiro de papéis invertidos.
Importante é que o Presidente Marcelo Filho esteja consciente do seu ato, porque a convicção de agora se for coroada pelo êxito no futuro, jogará por terra todos os argumentos contrários ao Joel Santana e ao Presidente tricolor. Mas isso é um viés de alto risco porque a aceitação é a pior possível, então torcer por Joel terá de ser um exercício diário do Presidente tricolor.
Acredita-se que Joel seja o nome para o momento e as circunstâncias do clube. O Outro poderia ser Dorival, mas este custa 500 mil, fora a sua equipe auxiliar. Celso Roth foi pensado, mas pesou contra ele o fato de ter recusado o Bahia ano passado não que Roth seja um bom treinador, retranca por retranca, fico com Joel.
Quanto ao fato da rejeição da maioria da torcida à pessoa do presidente do Bahia, só o trabalho e o tempo poderão debelar esse fato que se tornou naturalmente pessoal e Marcelo sabe disso. Os xingamentos exacerbados, de tanto acontecer, tornaram-se inócuos… As redes sociais são mal usadas, a maioria dos usuários utiliza tais redes como arma do desabafo e se preocupa apenas em atingir o alvo com flechas e dardos carregados de ódio achando que isso vai resolver alguma coisa. Esqueceram, entretanto, de debater o Bahia debater não é ofender nos mesmos espaços com o presidente que era habitualmente encontrado nessas redes sociais. Em minha opinião isto foi oportunidade perdida.
O Bahia hospedou o sofrimento e parece que se acostumou com ele. O que mantém a paz no mundo do futebol são as vitórias em campo, e quando elas não vêm o resultado é o que o reino tricolor está vivenciando há muitos anos. Um clube como o E.C. Bahia tem sempre que vencer, e quando acontecer uma derrota, que seja tão digna que até mereça o aplauso ainda que envolto em tristeza. O Bahia da poeira dos velhos tempos era assim.
VANDALISMO NA FONTE NOVA, UMA QUESTÃO DE GENÉTICA
Não tem jeito! É uma clara deficiência da educação de berço e ausência aguda de bons costumes. Mais uma vez a gente vê e fica triste com essas atitudes de vandalismo dessas bestas travestidas de humanos. Quebraram 21 cadeiras na Fonte Nova e foram tão imundos de acordo com seus princípios, não respeitando um patrimônio que é de todos. Também não poderiam respeitá-lo, pois, as bestas jamais poderiam ter a condição do raciocínio humano… O corpo é parecido mais a mente é deformada.
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