A verdade é que nunca sabemos o que se passa na cabeça dos treinadores, e nem poderíamos, partindo do princípio de que cabeça é um mundo. Veja, caro leitor, o Bahia começou o Campeonato Baiano com todos os indícios de que daquela forma não chegaria ao objetivo. Por sorte houve a troca forçada de treinador e o Bahia seguiu com os mesmos jogadores dando a certeza de que o objetivo seria alcançado com facilidade, até.
Eis que assim que ficou cara a cara com o Vitória, Falcão achou que aquele esquema de três meias era suicídio. Mas… Suicídio, como?! Estava dando certo, tanto que o Bahia por conta daquela fase, conseguiu marcar mais de sessenta gols no campeonato e, justiça faça, sob o comando de Falcão onde todo o time, por assim dizer, marcava gols…
Estranho, não? Resultado: não fosse Marcelo Lomba, e o Bahia teria perdido o campeonato pro Vitória. Este colunista, certamente, estaria agora criticando amarguradamente o treinador tricolor pela perda.
São águas passadas e a realidade é outra, sei. Mas o que assistimos contra o Grêmio nada mais foi que uma consequência do que Falcão praticou nos dois últimos jogos do Campeonato Baiano. Mentira? Ignorância? Que adjetivo vem à minha explanação? Meu advogado é Lomba, bastou ele cometer uma única falha ao socar mal uma bola, e a vaca foi pro brejo com três volantes e tudo…
Não critico Lomba. Em algum dia ele teria que falhar mesmo, é humano, e falhou ali. Crédito ele tem demais, até. O que não entra na minha cabeça é o fato de o Bahia vir bem com o esquema de dois volantes e depois abdicar disso para fazer um time sem criatividade alguma no meio. Penso que Falcão está fazendo a coisa no sentido inverso. Se quer ser precavido, saia com mais um jogador de criatividade no meio e, depois, de acordo com a circunstância, reforce atrás. Os valores do bom senso dizem isso, até pela sua filosofia de jogo inicialmente no Bahia, Falcão.
Tudo bem, eu mesmo tenho dito aqui que o Campeonato Baiano nunca foi parâmetro para as competições nacionais, e ratifico. Porém, não conheço nenhum time atualmente que jogue com trocentos cabeças de área e esteja bem. Interessante é que além de ter o melhor ataque, ainda tinha uma defesa que dificilmente tomava gols no campeonato jogando avançado, depois que o Bahia se retrancou esse histórico foi pro brejo junto com a vaca.
Viver de jogadas ensaiadas visando uma fortuita cabeçada de Donato, ou Fahel, acho muito pobre. Os passes e lançamentos precisos de Gabriel carecem de alguém com raciocínio idêntico ao dele para que o Bahia jogue de acordo com a sua grandeza.
Confesso que se o desenho tático do Bahia continuar o mesmo, o cenário que se desenha é de arrepiar pingüim! Estou avisando agora, porque depois que a Inês estiver morta nem virei aqui para fazer sentinela. A gente só deve chorar pelos que morrem de forma natural ou, estupidamente e por acidentes. Por suicídio calculado não.
POLÍTICA
Uma das atribuições de quem governa é saber fazer política e relações exteriores. O presidente do Bahia está muito bem na fita com o presidente da CBF, e, se este o convidou para compor a delegação que assistirá a final da Champions League, faz errado? O presidente do Bahia está correto, oportunidade de estreitamento de laços com a CBF, mais particularmente com o seu mandatário maior, é fundamental para as pretensões do Tricolor da Bahia. Do futebol cuida o competentíssimo gestor Paulo Angioni.
CONTRATAÇÕES
O Bahia está visando de olhos bem abertos o mercado Sul-Americano, possivelmente boas novidades virão por aí. Especular sobre Borges e outros do mesmo naipe é bobagem para um clube com orçamento inferior a 100 milhões. Ainda que possíveis novidades possam alterar isto.
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