Adeeeuuuss Guto, gritou a torcida na Fonte Nossa após o encerramento da partida contra o Novohorizontino, sábado passado. A diretoria, desta vez, já estava com tudo preparado, uma novidade na era Bellintani-Ferraz. Ainda na mesma noite informou a saída de Guto Ferreira e completou o trabalho no dia seguinte, anunciando a chegada de Enderson Moreira. Surpresa nenhuma para quem acompanhava a movimentação de Freeland, o diretor de futebol, como aliás ficou claro na entrevista de “apresentação” do novo treinador do Bahia.
A falta de performance mais que os resultados definiu a troca no comando técnico, apressou-se em anunciar o diretor. Difícil acreditar que o time que está em terceiro lugar no campeonato não tenha performado. Verdade que a sequência recente de Guto na série B (duas derrotas em casa contra adversários da parte de baixo da tabela) recomendava cautela, todavia me parece mais uma situação em que o técnico paga a conta da incompetência da diretoria nas contratações, assunto batido por aqui.
Não que Gordiola não carregasse certa dose de responsabilidade. As contratações passaram por ele, até mais do que por Freeland. Além disso, se não pode ser culpado por nossa incapacidade ofensiva, nada afasta dele o fracasso do Bahia em bolas paradas. Não conseguimos acertar um cruzamento de falta ou escanteio, nem transformar esses lances em perigo contra a meta adversária. Isso é falta de treinamento, que é da (in)competência do técnico de plantão. Espero que Enderson corrija esta falha, já que não deverá contar com grandes contratações na janela que se inicia em breve.
Por falar em Enderson, certa feita um auxiliar de um dos nomes badalados da nova geração de técnicos brasileiros, me disse que ele era bem melhor que Guto Ferreira. Mais precisamente, em 2018, quando Enderson substituiu Guto no Bahia. Confesso que naquele momento não consegui enxergar a diferença entre eles. Para mim, foi “mais do mesmo”. Espero que, assim como no filme “de volta para o futuro”, possamos retornar ao passado para mudar o presente. Para melhor! Faço questão de frisar isso porque não gostei da entrevista de apresentação de Enderson.
No meu entendimento, o novo treinador fez parecer que o Bahia precisava de grandes mudanças no time. Discordo. Precisamos de ajustes e contratações pontuais. Se Enderson enveredar pelo caminho de transformações bruscas e amplas podemos ter problemas em nos garantir entre os quatro primeiros. Repito: ele pegou o time em terceiro lugar, com folga em relação ao quinto colocado. Classificam-se quatro. Não é hora para aventuras.
Na partida de estreia, de maneira conservadora, ele optou por poucas alterações, reforçando escalação parecida com a que o Bahia enfrentou o Athletico-PR pela Copa do Brasil. Enderson acertou. Continuamos sem apresentar um futebol vistoso, mas foi suficiente e eficiente para nos dar o triunfo e três pontos a mais, rumo à série A. Espero que tenha servido para afastar qualquer pensamento a respeito de grandes mudanças no time titular. Não há tempo, nem elenco para grandes transformações. BBMP!!
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