Não é que Marcelo Sant’Ana tenha feito uma magnífica gestão, foi razoável apenas, isso porque nos dois anos anteriores nada do “a vez do futebol” aconteceu. Ah!, mas o Bahia que Fernando Shmidth colocou na série B voltou no segundo ano da gestão de Sant’Ana à série A… e daí? Voltou à reboque porque o Náutico não foi capaz de aproveitar a sua oportunidade. A campanha de volta à série A foi angustiante o tempo todo e precisou da sorte, bem como da incompetência timbuense para fazer a festa.
Mas enfim, assim ou assado, o Bahia voltou ao seu lugar por direito. Neste ano melhorou muito coroando o primeiro semestre com a conquista da Copa do Nordeste e deu sequência no campeonato brasileiro realizando uma campanha boa, se mantendo sem nenhuma angústia na Primeira Divisão. Daria até pra chegar mais longe, mas faltou habilidade por parte do Presidente tricolor em relação ao fator premiação pela conquista de uma vaga na Libertadores. Pecou muito nesse quesito.
Tudo bem, o Bahia cumpriu com suas obrigações para com o elenco, mas jogador de futebol é “bicho” tinhoso que adora “bichos” e se esses não são propostos o rendimento diminui, até porque o sentimento do dever cumprido pela boa campanha no campeonato, findo neste domingo, 3, empatando no Morumbi com o São Paulo, contribuiu muito para o elenco acomodar-se. Nesse ponto é que o presidente deveria entrar em ação com algum tipo de premiação. Certamente teria obtido a vaga que ficou com a Chapecoense.
Ainda assim o conjunto da obra premiará o candidato da Situação que não deverá ter maiores dificuldades para dar continuidade ao bom trabalho de Marcelo Sant’Ana, no seu último ano como presidente do Bahia. Ainda que a Política partidária esteja intrínseca nesse processo – e está -, não vejo isso como mácula porque o futebol brasileiro convive com essa realidade desde sempre, e, para mudar essa cultura, haja tempo e paciência!
Os que o conhecem dizem que Bellintani é uma empresário de sucesso e por isso mesmo capaz de fazer uma gestão também de sucesso no Bahia. Por isto torcemos, caso seja ele o eleito. Não estou fazendo aqui nenhuma campanha contra ou à favor desse ou daquele candidato, embaso-me na realidade dos fatos. Só como exemplo; se a chapa do “Voltar a Sorrir” fosse composta com Fernando Jorge e Virgílio Elísio seria um páreo duro para Bellintani…
Futebol precisa não só da competência empresarial, necessita também da vivência no métier, da experiência, fatores estes que não se deve negar nem a Fernando e nem a Virgílio. Isso não desmerece Tillemont e nem Abílio, absolutamente. São tricolores reconhecidos, principalmente, Antonio Tillemont pela vivência desde sempre no futebol. A proposição aqui é sobre composições mais adequadas para um enfrentamento mais “cascudo” o que deixaria o pleito eletivo mais acirrado no campo da democracia.
Uma tendência em relação ao E.C. Bahia é que o processo democrático siga se solidificando cada vez mais e a instituição igualmente sendo fortalecida com o seu torcedor cada vez mais próximo do clube e sabedor que ele, torcedor, é co-responsável pelo sucesso ou insucesso do Bahia porque 16 mil sócios pagantes não capacita o clube a grandes investimentos no time de futebol.
Encerro esta coluna contente porque o Nordeste terá quatro clubes na Primeira Divisão. Aproveito também para transcrever o comentário do torcedor Ramon Santos no rodapé de uma matéria aqui do ecbahia.com
“Quando a torcida do Bahia resolver se associar em massa, poderemos ser grandes, enquanto isso não acontecer, seremos do tamanho de nossas receitas, ou seja, terceiro escalão na série A fazendo das tripas coração para alcançar uma classificação entre os 10 primeiros”
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