é goleada tricolor na internet
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Publicada em 27 de junho de 2014 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Curtas da Copa

A Copa continua indo muito bem, obrigado. Nunca uma competição como esta foi tão divertida e com jogos tão emocionantes, com direito a vários gols decisivos aos setenta e três minutos do terceiro tempo em diante. Das eternas favoritas de toda hora (Brasil, Argentina, Alemanha, Itália e Holanda), apenas a seleção de Pirlo e Balotelli pegou o rumo de casa antes da hora, tendo jogado num escrotíssimo grupo composto por três ex-campeões mundiais mais a zebríssima Costa Rica de San José.

Fala-se por aí que as copas são fraudadas e o torcedor deliberadamente enganado. Recentemente eu ouvi falar de um jornalista espanhol recalcado que só faltou dizer que Chiellini é brasileiro naturalizado no intuito de forjar as marcas das presas em seu ombro objetivando desfalcar o Uruguai a fim de evitar que a SeleGhost cisplatina conquistasse o bicampeonato de água no chope brazuca, sem prejuízo da culpa de S.M. Imperial, D. Pedro II, o qual incorporou seu nefasto espírito no uruguaio mordedor como represália pela perda da ex-colônia brasileira há quase duzentos anos. Fróide explica, e explica mesmo. Tem gente que não saiu da fase oral e tá jogando a Premier League… mas nem tudo é inferno para o raivoso sulamericano, o qual deverá jogar ao lado de Neymar ano que vem, formando um mortífero ataque lá nas catalunhas.

Por falar em Neymar, esta é a Copa a qual confrontará a técnica absurda de Robben, Van Persie e cia e o vistoso futebol de Mueller, Xuaistaiger e cia contra os times-de-um-homem-só Brasil e Argentina lá pras semifinais. Quem viver, verá, e benzadeus que Benzema deixe.

No tocante a nossa querida SeleCBF, o time das Organizações Bobueno, vejo dentro de campo a pior seleção desde 1990 em vários aspectos: não tem uma jogada ensaiada, sendo tudo na base do “toca-pra-Neymar-que-ele resolve” (por enquanto tem até resolvido, mas contra quem mesmo?). Com exceção positiva da bem entrosada dupla de zaga, os laterais sobem demais e muitas vezes sua cobertura falha; e além disso, não são bons cruzadores.

Paulinho, o Poste, divide o troféu Immobile com o cone Fred, que fez um golaço de sobrancelha aqui no Distrito Federal. Oscar, cuja função é abrir espaço na defesa adversária para tocar visando a finalização neymarina, nem sempre consegue superar marcações de zagueiros mais fortes e bem posicionados… apesar de tudo, Brasil é Brasil, e é essa desorganização organizada (salve, Chico!) que nos deu cinco títulos mundiais. Em contrapartida, creio ser mais provável uma eliminação em casa do que o título diante de um elenco limitado que tem um jogador de rúgbi em campo, cujo apelido é Hulk. Que os deuses do Phutebol queimem minha língua.

Contra os chilenos, pelas Oitavas, espera-se um clássico, um jogo duro, no melhor estilo Bahia x Sport, guardadas as devidas proporções e focando apenas na rivalidade. Passando do Chile, o que é mais provável, aí sim que a Copa vai começar de verdade para os canarinhos.

E o Bahia? Que lições podemos obter dessa Copa para nosso clube e elenco? Eu acredito que esta Copa tem mostrado que é possível jogar para frente e que retranca e assemelhados não tem dado muito certo neste Mundial. No Bahia, colocar trezentos volantes (que vivem errando passes) e um atacante que só recebe mediante ligação direta pode custar caro, pois não temos um Neymar e dificilmente teremos. Marcar saída de bola dos adversários em seu próprio campo é uma estratégia que vem dando certo, porém demanda um bom preparo físico. No Bahia do orçamento apertado, tudo isso se torna utopia, e salvo um milagre ou um paciente trabalho da base que já nos rendeu gabriéis e taliscas, ainda teremos muito que sofrer num médio prazo.

Enquanto isso, a diretoria tenta, tenta… espero que os novos contratados pelo menos deem uma consistência ao elenco, pois qualidade… Quanto ao treinador, parece que sabe muito mas ainda lhe falta a experiência de um Telê ou a malandragem de um Joel. Quem sabe ele não possa ser um bom fruto de uma nova safra no futuro? Pode ser, mas o Bahia não pode esperar muito tempo.

Certamente, vai bater saudade depois da Copa: ver hélderes e barbios novamente depois de tantas estrelas em campo nos belos estádios padrão Fifa é traumático mesmo. Nada que um Rivotril não resolva: sonhar é bom.

Saudações Tricolores e Rumual Ékissa!

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