Finalmente! Grande parte da torcida deve estar contente; foi embora o “perna de pau e lento” Elias. Tomara que lá na frente, esses que não gostam do seu futebol, não sintam saudades e nem se queixem da diretoria como de costume, bem do jeito que fizeram com Cícero, que só não serviu para a torcida do Bahia, assim como Daniel Alves.
Nesse caso a diretoria teve o seu trabalho facilitado pela própria torcida, passou incólume às críticas, assim acho que o valor da negociação foi extraordinário. Afinal, quinhentos mil por um “perna de pau” é dinheiro demais, ainda mais olhando esse valor como apenas 50% que era a parte do Bahia sobre o passe do jogador.
A próxima “vítima” deverá ser Ávine, que a bem da verdade alterna bons e maus momentos, mas tem mercado para uma boa venda futuramente, é só melhorar um pouquinho das suas maluquices e entender que nem sempre precisa partir pra cima do adversário sem pensar nas conseqüências da jogada.
A maior marca esportiva do Norte e Nordeste, o Bahia, vai conseguindo sobreviver entre acertos e desacertos. Não tenho dúvidas sobre o esforço de sobrevivência. Mas lamentavelmente falta um trabalho mais consistente em cima dessa marca, buscar parceiros de última hora para pagar possivelmente um mês de salários atrasados é algo paliativo, apesar do esforço.
Entretanto, se esses parceiros for o suficiente para bancar a folha até o final do campeonato então direi que o marketing do Bahia já funciona como resultado de um esforço. O trabalho eu sei que existe, mas poderia ser muito melhor se o clube tivesse sido planejamento desde o desastre de 25 de Novembro/2007. As dificuldades de hoje, eram à época, demasiadamente previsíveis.
Pena que continuará sendo assim o Bahia, imediatista. Se a torcida não se conscientizar que precisa se associar em massa… A desculpa de “não vou dar dinheiro a essa diretoria” é coisa tão mesquinha quanto o ato de ignorar o caminho para a democracia no clube. Ou o torcedor se associa ou não há mudança.
Eu não sou apologista do desmanche tricolor como muitos o são, pelo contrário, acho que o Bahia precisa ser fortalecido independentemente dessas futricas. Levar o Bahia ao caos, para que não se sabe, é no mínimo um sinal forte de raiva pelo simples fato de sentir raiva.
Exemplos como os que o movimento Revolução Tricolor tem dado deveria ser bem aproveitados por todos os torcedores do Tricolor, inclusive pelos insurgentes. Representado por Leandro Fernandes, a princípio, o movimento tem buscado o diálogo constante com com todas as correntes tricolores, incluindo aí o ilustre Paulo Maracajá.
Mudança se propõe assim, democraticamente, sem caçada às bruxas ou quaisquer tipos de retaliações. Apenas pelos caminhos cívicos do direito pelo que é lícito e do respeito pelo próximo.
É claro que nenhum torcedor está satisfeito com o modelo gestor do Bahia, acho que nem eles mesmos da direção. A falência do modelo foi decretada há mais de dez anos e a prova está aí na penúria pela qual se arrasta o Bahia.
Já vamos para seis anos nas divisões inferiores do futebol brasileiro… Isto é gravíssimo, e por si só já bastaria para uma renúncia coletiva da Situação, acompanhado de um pedido de desculpas pelo estrago.
Não há nada de pessoal nas minhas opiniões, o que há é uma necessidade gritante diante de um fato: há dez anos que o Bahia não acerta em nada. Não ganhou coisa alguma (exceto o extinto nordestão). Será que precisa haver uma razão maior para uma mudança na sua estrutura administrativa? Há razão maior que o fato de estarmos quase no sexto ano nas divisões inferiores?
Até que se prove o contrário, são cidadãos honrados os homens que dirigem o Bahia, são tricolores como eu e você, não duvide. Porém, tudo na vida passa. O mesmo grupo que aí está já deu a glória ao Bahia de Campeão Brasileiro em 1988 (na prática em 1989) e todos nós aplaudimos, principalmente o bom timoneiro da época, Paulo Virgílio Maracajá Pereira. Mas o mundo evoluiu e eles não seguiram na mesma direção, daí que a mudança pede passagem, e há que ser dada. É até redundante esse clamor.
É uma pena não haver um líder amadurecido fora da Situação e capaz de conduzir esse processo no alto nível do diálogo. Homens de bem, de coração tricolor e de sucesso empresarial certamente há muitos, mas será que essas pessoas querem se envolver numa cruzada pró Bahia? Não é difícil, mas para isso será preciso colocar os interesses pessoais à parte do Tricolor.
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Tudo passa pelo Avaí… A partir dali saberemos qual o rumo do Bahia na atual jornada. Enquanto há vida há esperança, não é assim?
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Depois que o Bahia, indiretamente, impediu que a Petrobrás fechasse o contrato com o Vitória, coincidentemente desmoronou uma avalanche de ações dos defensores (…) do Erário Público e até da Natureza, para embargar as obras de Pituaçu.
Por que ninguém tenta impedir de igual modo – aí seria no caso os defensores do Meio Ambiente – o estrago que os empreendimentos imobiliários estão causando ao verde e à fauna da Avenida Paralela? Ali sim, pelo porte dos estragos, seria caso para embargo.
comentários
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