E novamente temos a Portuguesa frente a frente em um jogo decisivo. Infelizmente, nunca em grandes finais ou disputas de títulos. Mas sim o que os anos nefastos dos Guimarães nos relegaram: disputas contra rebaixamentos ou em divisões de acesso.
Em 2002, na última rodada daquele Campeonato Brasileiro, precisávamos vencer a Lusa fora de casa pra permanecer na Série A. Numa noite inspirada de Nonato, o Bahia brocou 4×2 e rebaixou os paulistas. Alívio que duraria só um ano, já que 2003 provou-se um dos piores anos da nossa história.
Oito anos depois, na Série B de 2010, foi contra a Lusa o jogo do acesso, num Pituaçu lotado. Um 3 a 0 inapelável, coroando um ano de esforço e, sobretudo, alívio, nos devolvendo à elite após 7 anos.
Ou seja, a Portuguesa nos traz alívios. 2013 pode ser um ano ainda pior que 2003, caso sejamos rebaixados. Fizemos um papelão no Campeonato Baiano, na Copa do Nordeste e no Brasileiro. Ficar na Série A seria um recorde nordestino nos pontos corridos, o que é mais vergonha do que mérito. Mas, pra quem crê em superstições, lá vem a Portuguesa, nosso talismã da sorte nesses anos tenebrosos.
Vencendo, damos um passo gigantesco para a permanência, atingindo os 45 pontos, restando duas rodadas. Pegaremos o Cruzeiro, que é f*** e, ainda que esteja relaxado, vai receber as faixas em frente à sua torcida nesse jogo. Se o Bahia estivesse com o espírito Baiaco de raça, eu cravaria em triunfo nosso valendo dinheiro. Mas temos visto um Bahia apático, molenga. Não acho que seja corpo mole, migué, nada disso. Acho que é falta de sangue no olho e de alguma organização tática para um abafa bem feito, uma blitz pesada em cima do adversário.
Na rodada em que pegaremos o Cruzeiro, Vasco e Flu terão jogos fáceis, contra Náutico e Atlético-MG, respectivamente. E ambos em casa. Já o Coxa pegará o Botafogo, num duelo mais complicado, e o Criciúma um desinteressado São Paulo. Ou seja, não dá pra não contar com os três pontos em cima da Portuguesa.
Nosso último jogo é um duelo de possíveis desesperados com o Fluminense. Esse sufoco pode ser dispensado se vencermos – o que não é nenhum bicho de 7 cabeças – a Portuguesa e, quem sabe, o Cruzeiro.
Com um pouco de sorte, ao vencer a Lusa, a rodada nos ajudará com Vasco, Flu, Criciúma e Coxa perdendo, e abriremos 4 pontos e 3 posições da zona, a 2 jogos do fim.
Mas tanta matemática jamais fará diferença se o time continuar com essa dificuldade homérica em fazer gol. A impressão que dá é que cada gol do Bahia é um milagre divino e nem a terra de todos os santos tem um estoque tão grande assim.
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