Pois é. Ou se tem coragem e competência para dirigir um clube do porte do Bahia ou nada feito. Estou lendo e ouvindo sobre Levir Culpi. Ótimo! Mas será que ele vem? Um profissional desse nipe só trabalha mediante um projeto de excelência. Tem? Quem sabe? Infraestrutura não quer dizer o que o Bahia possui hoje, isto é, possui é modo de dizer, porque o Bahia nada possui e parece que isso não está incomodando ninguém, pelo menos aparentemente — o CT de Dias DÁvila continua entorpecido com a dose cavalar de incompetência que recebeu.
Ok, pode não ser Levir Culpi, mas que venha alguém que saiba comandar, se fazer respeitado, que possa modificar resultados nos vestiários e no banco… Trazer técnico “entregador de camisa” sem nenhum respaldo de liderança é o mesmo que pregar no deserto do Saara.
Li também sobre Roberto Carlos, ex-lateral da Seleção e do Real Madrid. Acho que seria uma boa aposta, mas trazer profissionais de projeção internacional sem ter projeto que não seja sustentado por uma boa infraestrutura é o mesmo que lançar flecha sem ter alvo.
Na aviação, é obrigatório o chamado “plano de voo”, que é cumprido com precisão cirúrgica e sem o qual nenhuma aeronave decola por medida de segurança, tanto no Ar quanto em solo. As indústrias cumprem seus planejamentos anuais à risca e alcançam resultados. Nos agros-negócios, tudo é muito bem calculado e projetado para abastecer o mercado. Por que no futebol tem de ser diferente? Bem, falo do futebol brasileiro e mais particularmente do futebol baiano — especialmente do Bahia.
Ora!, indagarão; mas o Bahia se organizou, pagou salários e prêmios em dia neste ano… Êpa! Isto é obrigação e fez parte sim de um planejamento embasado num orçamento de pelo menos 60 milhões. E o futebol, que é a razão de ser do Tricolor, por que não deu certo? Não deu certo porque não foi bem planejado, quiseram fazer um projeto para ser praticado por profissionais incompetentes, inexperientes, que não souberam conduzir com o devido conhecimento de causa o Bahia à Primeira Divisão.
Por que a Europa se transformou no eldorado do futebol? Porque lá cada clube se planeja de acordo com o seu orçamento e cada departamento desse clube é dirigido por profissionais do ramo, que por seu turno seguem as normas pré-estabelecidas pelo presidente, inclusive o sistema filosófico de o time jogar. Por exemplo, todas as categorias juniores treinam e jogam com o mesmo esquema tático e disciplinar dos profissionais. É padronizado e isto é uma determinação do presidente do clube, que visa lançar o jogador feito em casa já devidamente apto.
Marcelo SantAna deveria pensar Bahia de uma forma mais ampla, mais moderna, mesmo que as condições aqui sejam diferentes. O que vai diferenciando são as atitudes e procedimentos mais ousados. Fico chateado quando ouço falar em possíveis vindas de embriões de técnicos de Segunda e Terceira divisões para dirigir o Bahia… Pode ser que sejam as especulações do final de ano, mas por via de dúvidas boto logo minha barba de molho.
— O sucesso do homem é fruto do tamanho do seu pensamento. Se ele pensa grande os obstáculos sucumbem ante a determinação.
A torcida quer ver um Bahia grande em 2016 com passaporte carimbado para a Primeira Divisão em 2017, mas para que isto aconteça é necessário não ter medo de investir num time de qualidade, a partir do diretor de futebol com todo o seu Staff, incluindo um técnico de comprovada capacidade. Fora disso, serão mais 5 anos amargando, quiçá, os porões do futebol, pois ir a Minas Gerais tentar mediocridades como reforços enquanto jogadores como Pittoni e Ávine ficam fora dos planos do presidente, definitivamente tira qualquer esperança do torcedor.
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