Apesar do resultado razoável contra o Atlético em Minas, não tenho gostado do time que tenho visto no Bahia. Nada contra o esquema atual de Falcão, acho que ele está extraindo leite de pedra. A esperança é Morais, Souza, Jeferson, Ávine, Madson e Coelho entrarem em forma. Melhoraria bastante. Zé Roberto ainda é também uma ótima alternativa se entrar em forma.
Não adianta ficar esperando contratações bombásticas porque elas não virão exceto uma contratação que a diretoria está tentando, faz tempo! A questão é dinheiro e para mim fica bem claro que com algo inferior a 100 milhões em orçamento não se forma um time que possa brigar pelo título. Se acontecer, será à revelia da lógica e obra do acaso de uma coisa que deu certo.
O Bahia é um gigante aos olhos da sua torcida, mas na verdade está médio e pouco respeitado por grandes jogadores, empresários deles, dirigentes, e a maioria da imprensa do Sul e Sudeste. Nenhum demérito aos profissionais que jogam atualmente no Bahia, mesmo porque no clube tem ótimos jogadores, mas esses carecem do respaldo de outros para somar.
Que a diretoria tricolor já melhorou em 100% o clube desde que o assumiu isto é fato real. Não adianta querer encobrir o sol com uma peneira. Só que a evolução do futebol, profissionalmente falando, anda acima da imaginação dos mais eloqüentes futuristas e isso requer ações cotidianas, inspiração, ousadia e transpiração exemplares!
Uma dose boa de humildade também não faria mal algum nesse processo evolutivo, pois, ela é fator preponderante em qualquer sucesso na vida do homem.
Particularmente tenho articulado com amigos, dois de Salvador e outro de São Paulo, ideias boas para o Bahia, apresentando-as parcialmente ao seu presidente. Parcialmente, sim, porque o problema reside no fato de não ser ouvido com a atenção que o caso merece. Não sou de esquemas eleitoreiros se é que existem e muito menos o são aqueles que eu aproximei do clube, queremos eventualmente ajudar a diretoria, sem interesses pessoais.
Não me agrada em nada ver o meu clube parecendo querer brigar apenas para não cair. Sonho sim com o título de tri-campeão brasileiro, não em curto prazo, claro, porém não aceito brigar atualmente por outra coisa que não seja uma vaga na Libertadores das Américas. Isto é possível sim, basta que a diretoria tire os ouvidos do casulo e possa considerar o que tem a dizer alguns adeptos do clube e da própria diretoria, por méritos dela inclusive, e não por puxa-saquismo, como alguns idiotas pensam e outros o fazem.
Costumo dizer que a democracia é um animal com vários rabos, e, por ser assim, é muito confundida com autoridade, baderna, expressão deletéria, abusos, liberalidade excessiva etc, etc. Democracia é um estado de direito que também tem limites. Isto acontece quando o meu direito termina e começa o do outro. A partir disso elogio ou critico na mesma intensidade, e isto não quer dizer contenda, nem agrados, sim a sinceridade absoluta da expressão.
Sou aqui nesta tribuna um defensor do meu clube que sabe separar o joio do trigo. Tenho responsabilidade com o meu leitor e por isso não misturo nada, pelo contrário, separo tudo para que eu possa identificar à luz da realidade cada necessidade em cada momento. Neste momento não consigo enxergar um Bahia forte em campo e nem nas atitudes dos seus dirigentes para que o time fique do tamanho da torcida, esta, que é a única razão de ser do Bahia, que para o bem da justiça e da verdade, teria que ter um monumento nesta cidade que pudesse retratar a sua grandeza. Um dia algum governante democrático e justo fará isto.
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