Saudações Tricolores a todos os leitores deste respeitado site. Amigos, após um longo período de silêncio proposital, resolvi voltar a me manifestar com minhas opiniões neste site. Já vinha sentindo vontade de fazer isto há algum tempo, mas consideraria hipócrita da minha parte fazer isto antes da finalíssima do estadual. Por isto aguardei o término desta competição para emitir minha opinião. Como já manifestei antes, considero o campeonato estadual sempre uma pré-temporada para o Bahia.
Se estivéssemos num estado com mais equipes em condições de disputar a condição de segundo time do estado com o vitória da Bahia, o Bahia nem disputaria mais esta competição que conquistou em mais da metade das vezes que disputou. Se o campeonato baiano não é uma competição que impõe grandes desafios ao Tricolor de Aço em função dos fraquíssimos adversários como Poções, Catuense, Atlético de Alagoinhas, vitória da Bahia entre outros, pelo menos serviu para testar e preparar o time para a única disputa que nos interessa este ano: o título de Campeão Brasileiro da série B. Podemos notar que o atual time do Bahia é bem diferente daquele fracassado time que nos levou ao rebaixamento no ano de 2003. Em 73 anos de existência, tivemos nosso segundo rebaixamento à segunda divisão nacional. Tudo bem que se compararmos com o nosso rival – o vitória da Bahia – isto significa muito pouco, uma vez que o time de Canabrava viveu a maior parte de sua centenária história na segunda divisão nacional. Mas eu já afirmei antes e volto a insistir: o time de Canabrava não deve servir de parâmetro para o Bahia. O Bahia é, e sempre será, muito maior e melhor que o time de Canabrava.
Um fracasso conjuntural diante deste time reflete apenas a grande crise administrativa que o nosso clube vive desde que o “eterno” Maracajá sucateou nosso time Bicampeão Brasileiro em 1988. Neste período pós-88 a incompetência dos nossos cartolas fez com que o Bahia diminuísse tanto em competência que chegamos à absurda condição de sermos iguais ao nosso atual rival e velho freguês vitória da Bahia.
Mas o grande objetivo desta coluna não é fazer esta análise estrutural importante que acabo de resumir, pois deste assunto já tratei por diversas vezes aqui neste espaço. O principal objetivo é analisar o que ocorreu nos últimos 4 meses desde o vexame de 2003. O óbvio foi feito: a grande maioria do elenco do ano anterior foi dispensada. Isto qualquer idiota que assumisse a diretoria Tricolor pós-rebaixamento faria. Iniciou-se um novo ano frente a um grande dilema: necessidade de contratar um novo time competente para trazer o Esquadrão de Aço ao seu lugar de direito x Redução das receitas em função do rebaixamento.
O ano de 2003 terminou com um clamor quase unânime da Nação Tricolor pela renúncia do principal culpado do nosso fracasso: o Sr. Marcelo Guimarães. Infelizmente isto não aconteceu! Vale registrar a lamentável “contribuição” da imprensa baiana neste episódio, pois até piadas do tipo “Se ele desceu ele tem que continuar na presidência pra trazer o time de volta” eu ouvi dos palhaços que se fazem de jornalistas nas rádios, TVs e jornais baianos. Esqueçam o que vocês ouvem nas rádios, TVs e jornais baianos, meus amigos Tricolores. Com raríssimas exceções, somos vítimas de uma imprensa “burro-negra” enrustida. Voltando ao que interessa: deixamos de ser a pior defesa do mundo para ser a melhor defesa do campeonato baiano – nossa eterna pré-temporada. Isto é uma evolução que podemos atribuir a algumas contratações que não foram consideradas de “peso” como o zagueiro Leonardo e, principalmente, à boa presença do volante Neto que vem se destacando tanto como volante como na posição de zagueiro. Aliado a tudo isto, vem a fundamental participação do técnico Vadão que soube cumprir bem a primeira grande missão que recebeu: corrigir a “baba” que era a defesa Tricolor. Fazer gol no Bahia, hoje, é tarefa árdua para qualquer equipe do futebol Brasileiro. Entretanto, o tempo foi curto para um trabalho completo. Do meio campo pra frente nem as contratações deram certo, nem o técnico conseguiu acertar adequadamente a estratégia de jogo. Na verdade, até que temos um bom poder de criação de jogadas ofensivas, pois nosso esquema defensivo permite uma boa liberdade aos nossos alas Elivélton e Neném, mas nos falta um “matador”. Falta um jogador pra cabecear aquela bola que Ari meteu na trave na Fonte Tricolor. Falta um jogador pra meter pra dento aquelas cabeçadas a queima roupa que Valdomiro e Robson deram na Fonte Tricolor em cima do goleiro rival. Ou seja, precisamos de um finalizador nato. Sem esta peça teremos um ano muito apreensivo no Brasileirão. Mesmo assim, é inevitável admitir a grande evolução técnica do Esquadrão de Aço entre o final de 2003 e o momento atual. Seria suficiente esta evolução?
De hipótese alguma! A Nação Tricolor não está acostumada e nem merece um time no máximo parelho com a equipe de Canabrava. Construímos nossa gloriosa história com equipes muito superiores aos sofredores do lado de lá. Enquanto esta meta não for atingida, o trabalho não estará completo. Antes disto, o título Brasileiro da série B é tido pela Nação Tricolor como uma obrigação do Bahia! Portanto, dirigentes, se virem para arranjar o tal matador que irá fazer os gols que precisamos para levantar “mais um título de glória”. Ah! Antes de terminar vale frisar que o resultado final do campeonato baiano, assim como qualquer bom coletivo, serviu apenas para mostrar as deficiências que nosso time ainda tem. Agora é corrigir e desejar a nosso rival uma boa comemoração do último título que eles conquistaram nesta década. Até Breve, Nação Tricolor!
Não tenho dúvidas que voltarei a este espaço para comentar nossas próximas glórias e conquistas, talvez deixando um parágrafo para comentar o inevitável rebaixamento do time de Canabrava. Saudações Tricolores!!!
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