O erro não é de agora, arrasta-se por mais de uma dezena de anos mas só agora é que o copo realmente começa a transbordar e a única saída decente é permitir que o estatuto permita eleições diretas, respaldadas por critérios, é claro. Estamos falando naturalmente do Bahia.
O voto do associado deve ser o começo de tudo, é direito, se analisarmos a coisa pelo princípio da democracia, porém há que se entender que a coisa é muito diferente de política partidária, onde a pluralidade não tem limites.
Já pensou se surge um candidato qualquer, respaldado pelo lastro financeiro de um grupo, sem um mínimo de condição administrativa, só para ser pau mandado? Não é o mesmo que sair do lôdo para cair na lama? O dinheiro taí para comprar tudo, e o exemplo tá na frente dos nossos olhos na esfera da política partidária.
Esses são aspectos que precisam ser cuidados, pois esse é o rabo inseparável da democracia. É a velha e lúdica estória do sapo que iria para o castigo, na iminência do fim implorou aos seus algozes para jogá-lo no fogo porque tinha pavor da água… e jogaram-no na água.
Eleições diretas é bonito de se pregar, mas é uma democracia que tem que ser exercida com regras claras e pré estabelecidas em pró do bem comun, devidamente amparadas pelo estatuto do Clube.
O Bahia é uma instituição que não depende de ingerência governamental desde o seu conceito, assim como os demais clubes esportivos, por isso mesmo as pessoas não devem confundir essa instituição com o poder público. São coisas díspares.
Gostaria muito de entender a forma de pensar dos homens, o que de fato entendo menos a cada dia, mas vejamos se posso entender, pelo menos, o conjunto da “obra”: de um lado tenta-se sustentar uma crise como se crise fosse algo sustentável, não é. Crise se administra até um ponto. Do outro lado, quase que por unanimidade tenta-se um caminho no meio do fagaréu, para o Bahia, mas faltam amadurecimento e discernimento.
Os focos de incêndio são muitos a essa altura da vida tricolor, há quem fale em racha interno, desestabiliza-se aqui e tenta-se estabilizar ali, sai Comelli e entra Artur, o governo pressiona e até abre a possibilidade de transferir Canabrava para Pituaçu, onde os urubús já fazem vôos rasantes como forma de intimidação às águias tricolores. Dá pra entender?
Conversa fiada de quem quer ver o circo pegar fogo de vez, ou orientação de cima para pressionar o staff tricolor? Acho que quem tem juízo e é da política partidária refletirá melhor sobre o eleitorado tricolor, que afinal não é inferior à 50% do eleitorado baiano, e além do mais o estádio está sendo reformado por causa do apelo que é o Bahia… duvidam?
Pituaçú renasce com forma de pressão desde agora, nos bastidores, e se tudo correr dentro do previsto deverá ser transformado em moeda de troca, sabe-se lá pra quê… se a coisa é voltada para palco de axé, por que então colocar-se alí um gramado e duas traves com rede e linhas que identificam um campo de futebol?
Minha cabeça está cheia dessas confusões… teria uma magra vitória sobre o Santos, entorpecido os canabravenses ao ponto do delírio?… ou será que o delirante sou eu?
Estariam os canabravenses fugindo dos odores fétidos e residuais das suas hostes? Ou será que a pretensão de fazer mal ao co-irmão é tão desmensurada assim ao ponto de deixar sair pela boca o que deveria sair por orifícios adequados?
E em se abrindo a porta da democracia no Tricolor, o Governador se transformaria em torcedor?… Só estou tentando estabelecer uma linha de raciocínio que me permita entender tanta coisa dita sem formas definidas. Estou deveras confuso.
Ah sim, e o futebol? Até havia esquecido-me do nobre esporte! Também pudera, diante de tanta dificuldade para se resolver coisas tão simples e justas, que é a abertura do Bahia à democracia, Pituaçú etc. e tal, a gente acaba por esquecer a essência…
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O que digo agora para o meu eleitorado? Só posso dizer que havia algo de estranho no reino tricolor, e pasmo estou pelos dois gols marcados por dois atacantes de ofício. Seria Comelli um pé frio? Nada disso, ele apenas se esqueceu de que quem matou a caveira foi a própria língua!
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Olhem bem, se o Bahia passar pelo Paraná Clube, de forma convincente, vai ficar difícil para alguns cronistas acertar o alvo que pretendem, acho que o tiro será no próprio pé.
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O nosso bombeiro que saiu daqui dizendo que “papai do céu” não lhe permitiria mais apagar incêndios, voltou correndo para tentar apagar mais um incêndio ao ver sua ex-antiga casa quase extinta pelas chamas. Isso é que é amar!!
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O Dr. André Americano, um excelente advogado, tem consigo uma pergunta que eu não soube responder-lhe, por quê na era Pithon não se fez a reforma estatutária do clube?…
Que reino misterioso é o Bahia, meus amigos!
comentários
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