Bonito papel faz o Bahia no Campeonato Brasileiro deste ano. Bonito em campo e feio fora dele, em todos os aspectos. Não cabe a este colunista dizer ou achar quem está com a razão. O mérito do processo foi julgado em primeiro grau, mas ainda não houve a análise na fase recursal do mérito para confirmar ou reformar a sentença, e tudo transita pelo caminho da dúvida. A Justiça baiana deveria confirmar logo essa sentença em definitivo e resolver de vez a questão para que o Bahia siga seu caminho uma questão de coerência.
A mim não interessa quem vai vencer a batalha, interessa-me ver o resultado dessa guerra, pois o que o Bahia precisa é de uma definição deste processo desgastante, doendo em quem tiver de doer. Por mais que se diga que não haverá influência negativa em campo, a mim não parece assim.
Que se estabeleça a ordem e deixe que a paz seja a imperadora tricolor para sempre, se isto não for utopia da minha parte, ou pedir demais. Importante é o Bahia, não as pessoas que eventualmente passam por ele. Essas pessoas podem, entretanto, deixar seus nomes na história do clube, positiva ou negativamente, mas apenas e tão somente isto. Dono ninguém é, de nada, no Bahia.
O Brasil vive um papel democrático ainda inconcluso e não se tem o direito de interferir nesse processo, exceto se for para contribuir positivamente. Um Congresso Nacional que se diz democrático e discute com o governo segundo o Correio Braziliense informou no ápice das manifestações do já histórico mês de junho de 2013 estabelecer um Estado de Defesa para reprimir o movimento popular, não merece crédito quando prega democracia isso só não foi adiante devido à gigantesca infelicidade que seria o tal ato excrementoso.
Lá em Brasília é assim, não medem consequências para se defenderem… Porém, borraram-se de medo quando viram o povo nas ruas e sem permitir as nefastas bandeiras partidárias no movimento. Desta vez elas não tremularam disputando prestígios, em lugar dessas bandeiras tremeram, eles do Congresso e do executivo, e ainda tremem só de pensar na revolta do povo.
O Brasil só tem de ter uma bandeira, pois partido nenhum representa a soberania do povo, e no Bahia, a exemplo do Brasil, nenhuma bandeira de grupo representa o torcedor tricolor. Pregar democracia e não saber praticá-la é o costume contundente dos grupos que brigam pelo poder no Bahia à exceção das ideologias mais jovens. O torcedor tem de exigir mudanças, sim, mas em linha reta e objetiva.
Numa certa época transcrevi na coluna Arquibancada uma obra maravilhosa de Rubem Alves, intitulada O sonho dos ratos, e o fiz de forma proposital, pois não é de hoje que grupos que formam núcleos tentam tomar o queijo sonhado… Sugiro aos leitores que procurem o texto do Rubem Alves, leiam e reflitam.
Que se julgue, enfim, o mérito na fase recursal da ação e se cumpra o que a Justiça decidir. O que não deve se prolongar é o Bahia sob regime de intervenção e muito menos sob os pés das vaidades e interesses, sejam esses quais forem e de quem quer que seja a mim pouco importa. O que não é do desejo da torcida é que o balcão de negociações de cargos e promoções esteja na pauta do poder político desse processo com troca de favores em detrimento do Bahia.
É bom abrir os olhos para ver o que acontece após a conclusão de todo esse imbróglio do qual a vítima maior tem sido o clube tricolor. Neste momento conturbado não quero e nem devo tomar partido algum, prefiro observar de longe isto será uma norma que estabeleço para mim mesmo a partir de então o andar da carruagem para ver onde essa gente pretende levá-la.
Por enquanto, sigo ouvindo e lendo coisas realmente preocupantes e torcendo pelo time em campo que paradoxalmente, faz a sua melhor campanha em pontos corridos até aqui. Torço, também, para que o meu direito de expressar a minha opinião e escolher as minhas posições seja respeitado na íntegra, como recomenda a democracia no seu estado mais legítimo.
PRESIDENTE KALIL
Bom modelo para ser copiado pelo próximo presidente tricolor. Franco, espirituoso, prático nas suas atitudes e de competência indiscutível. Nem falo pela conquista da Taça Libertadores da América uma consequência da boa administração, sim pelo histórico do empresário e do mandato dele como presidente atleticano.
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