Arrepiou e deu medo, mas até dizer – após a derrota para o Rio Branco – que a classificação do Bahia foi à pique, vai uma diferença muito grande. Afinal, quem precisava desesperadamente da vitória era o dono da casa, que se preparou com estadio cheio e tudo para conseguir seu objetivo. Conseguiu. Ao Bahia bastava um só pontinho. Faltaram competência e maturidade.
Perder em tais circunstâncias como foi o caso do Bahia era previsível, ainda mais perdendo logo no início da partida tantos gols. Sem saber dominar os nervos, levamos dois gols relâmpagos em oito minutos. Será que vamos levar a lição para Natal? Lá, sim, precisamos desesperadamente, no mínimo, de um pontinho e mesmo assim para ficar torcendo contra o Rio Branco.
Não somos nenhum São Paulo e nem estamos na Primeira Divisão, o nivelamento é por baixo mesmo. Assim como não “sabemos” fazer caixa com venda de jogadores e nem a reposição desses como faz o São Paulo, de acordo com a comparação do prezado Ruy Accioly, em infeliz justificativa sobre a venda de Danilo Rios. Estamos muito longe de tudo isso.
Não custa lembrar que mais da metade da torcida estava preferindo que o Bahia se classificasse em segundo lugar, isto porque os jogos de mando seriam sempre aos domingos na Fonte Nova. Só não contava a torcida com o Rio Branco encostando em nós. Então, há que se preocupar muito com a derrota para o Rio Branco.
Penso que a partir do jogo com o ABC é que coisa começa a mudar de “cara”, um pontinho já vai fazer uma diferença enorme em favor do Bahia. Mas o que me deixou muito apreensivo, aí sim é preocupante, foi a entrevista de Cléber após a derrota para o Rio Branco, cobrando comprometimento no dia-a-dia e dizendo que futebol não é somente dentro de campo.
Recentemente, Artur, em dia de treino no Fazendão, deu uma sacudida no “desânimo” dos que não estão participando sequer das concentrações. Por que será? Teria aquele fato do “corpo mole” sido verdadeiro? Por que jogadores da qualidade de Ednei, que agora está curado (dizem), não viaja com o grupo? E Harley, ainda está no grupo?
Bem, eu ainda acredito muito no trabalho de Artur (embora não entenda ele querer transformar Ávine em meia), mas por que não há um revezamento entre os reservas (alguns) nos jogos dentro e fora dos domínios do Bahia? São essas coisas que me deixam com dúvidas quanto ao bom andamento da carruagem sob o comando de Artur.
Quem quer grupo unido e time jogando com alegria precisa saber interagir, isso passa por não deixar que aqueles que estão apenas treinando se sintam excluídos ou preteridos. Exceto se a coisa for pior do que a minha imaginação, eventualmente, me sugere. Fala-se de grupo fechado… Acho que está fechado até demais, porque nós só desconfiamos. Mas pelo menos Cléber deixou claro que a coisa não é bem assim como diz Artur.
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Tá na hora de a diretoria do Bahia “chegar junto” nos jogadores. Há algo estranho naquele mundo e é preciso ser visto de perto. Ou a vaca vai mais uma vez para o brejo.
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Se os jogadores do Bahia quiserem, vão a Natal e arrancam de lá uma vitória. É só se unirem em busca de um objetivo maior.
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Há muito tempo, o Bahia se concentrava no antigo hotel do clube Costa Azul, e estava então muito desacreditado nas finais do Campeonato Baiano. Eu e Jésum éramos amigos, num determinado dia eu perguntei a ele sobre aquela situação, afinal o próximo adversário seria o Vitória de Mário Sérgio, Osni e Cia. Foi então que ele me respondeu: “Acabamos de fazer uma reunião (só jogadores) e decidimos que vamos ganhar o campeonato”. E ganharam.
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