é goleada tricolor na internet
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Publicada em 23 de dezembro de 2008 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Apertem os cintos, Paulo Carneiro assumiu!

Finalmente, depois de longo e tenebroso inverno, alguma coisa acontece no Esporte Clube Bahia. Se bom ou ruim, o tempo dirá. Mas, com certeza melhor do que o nada que vínhamos assistindo impassivelmente há mais de dez anos, com diretorias medíocres compostas pelos velhos maracajecas de plantão, gente do calibre de Petrônio Burradas (cometeu-as aos montes), de Ruy Sem Myollos (por alguns apelidado de Acciolly), além, é claro, do senhor Marcelo Guimarães Pai, progenitor do pimpolho federal que hoje preside o Bahia.

Pois não é que de onde menos se esperava saiu alguma novidade? Pode vir a dar tudo errado, mas jamais se poderá negar ao recém-eleito presidente Marcelinho Guimarães a coragem de dar um freio de arrumação na mesmice inerte do tricolor, de balançar o mofado esqueleto do clube, sacudir a bolorenta estrutura comandada há décadas pelo carcomido cartola Paulo Maracajá, gestor esportivo anacrônico e de oitava categoria, que levou o clube ao mais fundo abismo da sua gloriosa história.

Esse freio de arrumação a que me refiro chama-se, é óbvio, Paulo Carneiro. Convidar o ex-presidente do Vitória para o cargo de diretor de futebol do Bahia é, sem dúvida, um ato de coragem – um tiro que muita gente está torcendo para que saia pela culatra. O futuro é sempre incerto, mas a verdade é que os primeiros movimentos têm acenado com a hipótese de que essa bala pode atingir o alvo.

O primeiro indício de um eventual acerto desses novos rumos é a declaração do obsoleto líder da geração maracajeca – que vem a ser o próprio Maracajá – de que não mais pisa os pés no Bahia enquanto Paulo Carneiro por lá estiver. Pois bem, se este vier a ser o único resultado da contratação de Carneiro, já terá valido a pena. Livrar o Bahia da carniça e da legião de abutres que gravita em torno dela já seria lucro suficiente.

Por questão de justiça, é interessante observar que o novo presidente do Bahia, embora marinheiro de primeira viagem, não está inventando uma insanidade que ainda não tenha sido tentada. E com êxito, diga-se de passagem. Há alguns anos (e nem me convém lembrar quantos), o Flamengo – que considero o clube brasileiro mais parecido com o Bahia – contratou como diretor de futebol o Sr. Francisco Horta, ex-presidente do arqui-rival Fluminense. Enquanto esteve a serviço do Flamengo, Horta fez um trabalho sério e bem sucedido.

Não há, portanto, motivo para assombro. Pode ser que dê certo, pode ser que dê errado. Vamos torcer para dar certo. Mas, pelo menos, o mais querido clube do Nordeste e um dos mais queridos do Brasil começa a sair da absurda inércia que se lhe abateu nas duas últimas décadas.

Ou seja, por via das dúvidas, é sempre bom apertar os cintos. Mas pelo menos não estamos mais sem piloto.

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