Ontem, ao chegar em casa, recebi uma correspondência com “AR” vinda do Esporte Clube Bahia. Tratava a mesma de um agradecimento transmitido pelo presidente Belintani a todos os torcedores, de forma individualizada, que anteciparam os pagamentos das mensalidades de sócio.
Sou sócio desde a época de uma certa família que comandava o clube, destituída do ofício mediante ordem judicial. Associei-me, em uma ida rápida a Salvador para visitar parentes, a despeito das recomendações de não fazê-lo, tanto pela minha postura combativa contra os desmandos desta família aqui neste sítio, quanto por uma suposta má-vontade em acolher novos sócios da parte do clube. Apesar dos possíveis reveses, fui muito bem atendido, à época, pelo Sr. Mário Adorno e consegui o título de sócio patrimonial, o qual detenho até hoje.
Procuro estar quite com minhas obrigações associativas para ajudar o clube, e não a gestão X ou Y. Enquanto Deus me permitir e enquanto condições tiver, de separar uma graninha para tal, assim o farei; e em passando por alguma necessidade, cancelarei. Futebol é lazer, e cada um contribui como pode, desde que isso não tire o pão da mesa. Todos os anos, ao receber antecipação de décimo-terceiro em janeiro ou fevereiro, pago minhas contas mais pesadas tipo IPTU, IPVA e material escolar; e reservo o quinhão do Bahia para quitar o ano inteiro.
Muito orgulhoso estou, em ver que o Bahia, mesmo ainda não concretizando os sonhos de uma noite de verão são-caetanense, encontra-se de certa forma organizado, assumindo um papel de protagonismo regional e caminhando, incontinenti, para uma situação de destaque nacional. Enquanto puder contribuir para tal, assim continuarei.
Em virtude da emergência sanitária internacional, com o desemprego galopante e paralisia de serviços como o futebol, o ECB, naturalmente, não deverá escapar desta crise sem sequelas. Os jogadores e dirigentes remunerados também tem contas a pagar e sofrem com isto, mas ganham polpudos salários e não deverão passar muita necessidade. Contudo, aqueles funcionários que preparam o café, que limpam os banheiros e preparam os uniformes dos atletas são os que mais precisam de nós, associados, neste momento tão difícil.
Para que não falte o pão na mesa desses humildes trabalhadores, faço o apelo para, quem puder, que quite suas mensalidades o máximo possível; e que contribua, dentro do possível, com o clube de formas indiretas como, por exemplo, comprando camisas oficiais – o que vale para os não-sócios.
São estes trabalhadores que caminham com o clube, pelo menos enquanto seus contratos de trabalho forem válidos, apesar de tanto vaivém de jogador e dirigente. São eles que fazem o dia-a-dia do Bahia, que deixam o clube organizado e em condições suficientes para que possamos torcer pelo mesmo com orgulho. E é a estes trabalhadores que direciono os agradecimentos de Belintani. Meu muito obrigado a todos vocês!
E você, sócio, analise: se esse dinheiro não te faz falta, consulte sua consciência e, dentro do possível, ajude também. Futebol é lazer, é supérfulo, mas o nosso compromisso, no caso, é de ajudar essas pessoas que vivem do nosso clube e fazem do mesmo seu ganha-pão.
A pandemia vai passar. Muitos perecerão, é verdade – como já está ocorrendo, mas no final, para quem ficar, o sol continuará nascendo e seguiremos com as nossas vidas ao lado daqueles que nos amam e dependem de nós. Lições há de se tirar desta praga, como por exemplo, aquela de que nossa vida é breve e efêmera, e que nossas atitudes são o nosso maior legado.
Apesar dos pesares, a Humanidade vencerá.
Saudações Tricolores!
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