Alternativa viável

Se o Bahia, que está em fase de montagem do time ideal para este ano, vai pegar no breu, ainda não dá pra saber, mas as contratações feitas até aqui, em sua maioria, estão dentro de um padrão de qualidade aceitável.

Acreditar no potencial de jogadores da América do Sul é coerente, principalmente olhando pelo lado econômico, já que no Brasil está cada vez mais difícil encontrar jogadores compatíveis com as condições financeiras dos clubes – para os nordestinos, ainda mais –, devido ao mercado muito inflacionado. A Alternativa plausível é buscar lá fora valores emergentes e alguns, até, já solidificados no futebol.

– Enquanto se busca maior experiência no mercado Sul-americano é importantíssimo cuidar sem tréguas das divisões de base do clube porque ali é onde realmente se pode construir um futuro digno do Esporte Clube Bahia. É preciso acreditar nisso.

Por falar em futuro do Bahia, na coluna anterior chamei a atenção sobre o novo CT, ou “Cidade Tricolor” – nome lançado nas redes pelo meu amigo Raphael Kafka, advogado e tricolor de coração –, como queiram, já que o assunto é de interesse do torcedor e de vital importância para o clube, afinal é uma obra magnífica sobre todos os aspectos e pertinentes a revitalização desta tradição que é o Esporte Clube Bahia.

Coincidência ou não, fato é que o assunto entrou em evidência e passou a ser mais bem esclarecido pela diretoria do clube, detalhando sobre o andamento das discussões com a empresa construtora da obra. A forma como abordei o “abandono” do CT pode não ter agradado, mas era preciso, e ainda bem que a diretoria se preocupou em esclarecer sobre o “enigma da esfinge”, o que foi muito oportuno!

Li e ouvi muitas versões sobre o assunto, numa dessas versões há um absurdo que, se verdade fosse, seria uma das ideias mais infelizes que se poderia conceber, pois o clube ficar com os dois centros de excelência para um mesmo fim contraria a logística e onera o clube demasiadamente. Sem essa de comparar o São Paulo F.C. com o Bahia, acho a concepção dos paulistas – Cotia e Barra Funda – uma coisa que foi forçada pelo espaço físico, até porque Cotia surgiu depois da Barra Funda, onde verdadeiramente não havia espaço confortável para as divisões de base do São Paulo.

No Bahia, a coisa é completamente diferente, porque o espaço do novo CT corresponde a mais do dobro do CT construído em Itinga e que ainda hoje é útil, porém, acanhado. Se o Fazendão ficar com o Bahia, que se tenha isso como patrimônio comercial para sanear os problemas financeiros do clube. Mas Dias D’Ávila deve ser o núcleo tricolor, porque de uma forma ou de outra foi construído com esta finalidade. Diferente disso é maluquice!

Voltando ao tópico inicial desta coluna: o elenco está ficando forte e o que a torcida precisa ter é um pouco mais de paciência com o técnico e deixar que ele trabalhe em paz para encontrar o melhor time. Entendo que achar agora que Marquinhos é muito novo para exercer o cargo de técnico no Bahia, não condiz com a renovação que se pretende. Deixa o rapaz trabalhar!

A Copa do Nordeste serve é para isso mesmo, funciona como teste de capacidade onde tem de experimentar jogadores e esquemas táticos adequados a cada situação de jogo, para que o treinador possa ver virtudes e deficiências dos seus comandados. Se agora existem altos e baixos, a tendência é que isso diminua e, ao término do campeonato baiano – que não é o parâmetro técnico ideal de avaliação –, o time esteja pronto para o resto do ano. E vai estar, certamente.