é goleada tricolor na internet
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Publicada em 7 de abril de 2025 às 19:28 por Carlos Patrocínio

Carlos Patrocínio

kbssabahia@gmail.com

Algo pouco falado…

Desde as últimas linhas deste limitado escriba, o Bahia fez 3 partidas: os empates em 1×1 contra Corinthians (ótimo primeiro tempo prejudicado com a expulsão boba e precoce de Everton Ribeiro) e Internacional (excelente atuação contra um time top4 do futebol brasileiro, com amplo domínio das ações), além do empate em 2×2 contra o Santos (bom primeiro tempo, com boas chances perdidas, seguido de uma queda de desempenho no segundo tempo).

Vi bastante coisa sendo dita ou escrita, a maioria no sentido dos resumos que fiz entre parêntesis em cada jogo. Além disso, vi algumas questões pontuais, com críticas a arbitragem no caso do jogo contra o Corinthians, principalmente por conta do primeiro amarelo de Everton, crucificações diversas (Kanu nos jogos contra Corinthians e Inter, Gilberto nos jogos contra Inter e Santos, Ronaldo no jogo contra o Santos, Cauly em todo jogo que entra).

Poderia gastar minhas mal versadas linhas pra discutir as crucificações muitas vezes injustas ou exageradas, mas preferi escrever sobre algo que, confesso, li pouco após o jogo contra o Santos: o fato do Bahia ter sido superior ao Santos durante todo primeiro tempo, jogando na Vila, com um time recheado de reservas e, mesmo com a queda de rendimento, ter buscado forças pra empatar e criado chances para virar novamente.

Pode parecer banal, pode parecer pouco, mas este é o segundo jogo do time de reservas do Bahia contra rivais da Série A, já que antes havia vencido o Ceará por 3×2 pelo Nordestão, após abrir 3×0 e perdido ritmo na segunda metade, muito em virtude da ressaca pós título do Baianinho.

Acho que este é um aspecto que deveria ser mais discutido e repercutido. Mesmo durante a transmissão do SporTV, não lembro disso ter sido muito realçado.

E este aspecto é muito sintomático do momento que vive o Bahia, do planejamento do Grupo City. Na coluna passada cheguei a questionar se um time com Ronaldo, Gilberto, Gabriel Xavier, David Duarte e Iago, Acevedo, Erick, Nestor, Cauly e Kayky e Willian José não seria capaz de competir contra o Santos, respondendo que, apesar de difícil, achava que sim.

Não foi exatamente este o time que jogou, já que Gabriel Xavier estava machucado, Cauly acabou sendo preterido por Ademir, já que foi titular contra o Inter e Rogerio Ceni optou por manter Mingo, Juba e Caio. Ainda assim, foi um time que começou apenas com 03 titulares e, ainda assim, criou chances para virar o primeiro tempo vencendo por 2 ou 3×0 tranquilamente, ainda que tenha fechado a primeira parcial com um magro 1×0.

O jogo contra o Nacional, no Uruguai, será uma grande prova de fogo para o Bahia, que apesar das oscilações na parte final do 2º tempo contra o Ceará e em boa parte do 2º tempo contra o Santos, teve ótimos momentos nas 04 últimas partidas, dominando Ceará, os reservas do Corinthians, o forte time do Internacional e o Santos em plena Vila Belmiro. É bem verdade que, pelas circunstâncias de cada partida, vimos 3 empates nas 3 últimas partidas após o Bahia estar liderando cada um dos placares.

É claro que, como escreveu Cascio Cardoso na sua análise pós-jogo contra o Santos, o Bahia precisa aprender a matar os jogos. Não discordo disso. Mas acho que cada situação precisa ser devidamente contextualizada. Afinal, contra o Corinthians o Bahia jogou o 2º tempo inteiro 10×11, contra o Inter pegamos um time fortíssimo, que também joga e tem seus méritos e, contra o Santos, entra a parte física, o fator estádio.

São pontos perdidos que doem, muito pelas boas atuações do time em boa parte destes jogos. Mas, hoje, olho para o Bahia e vejo um elenco mais homogêneo, um time que, independente dos jogadores que atuem, tem um modelo e uma organização bem definida e que consegue ser consistente mesmo com muitas mexidas. E isto dá um otimismo para esse longo 2025 que temos pela frente.

https://twitter.com/c_patrocinio

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