Falta de planejamento, eis o motivo do fracasso tricolor. Não se chega a lugar algum de forma desorganizada e tumultuada. Sem dinheiro fica bem pior, e como não há planejamento também não há previsão de saneamento. Cuidaram desinteligentemente de desarticular algumas investidas da oposição no sentido de unificar o Bahia e se esqueceram de que o Bahia é antes de qualquer outra coisa um time dentro campo. A partir daí é que busca-se proventos para a sustentação.
Quando Petronio Barradas assumiu a presidência do Bahia não teve nenhuma preocupação, ao que parece, com o planejamento de médio e longo prazos. Planejou, sim, uma forma de encontrar meios para que o continuísmo não sofresse prejuízo algum, ao invés de buscar reorganizar o que não está funcionando. O fito é capengar quase parando até chegar em 2008 com o mesmo colégio eleitoral de hoje, infelizmente.
Não houve a propalada e prometida reforma do estatuto, impediram os torcedores de se tornarem sócios, não quiseram aproximação com os oposicionistas pelo menos para notarem quais sentimentos tinham esses em relação ao futuro do Bahia. Teceram então suas próprias redes onde se emaranharam e não encontram saída. O pior é que o Bahia está com eles nessas redes e em águas turvas.
O turbilhão que assola as hostes tricolores está acabando com a força do Bahia em âmbitos estadual e nacional. A gloriosa história do Esquadrão de Aço está ruindo estrondosamente sob a política que visa a perpetuação ditada pela vaidade de um único homem, enclausurado num passado glorioso porém distante, numa total inversão de valores.
Não há saída… alguém ou algum Poder precisa tirar o Bahia do comando atual, é uma questão de vida ou morte, o Bahia está pedindo socorro e alguém precisa ouvir os seus gritos de sofrimento. Untaram o Bahia com pasta tão escorregadia que ele já escapa velozmente de milhares de mãos que tentam desesperadamente salvá-lo. Imaginemos um grande buraco e a torcida deitada à sua borda tentando segurar o que lhe esgorrega célere das mãos para o naufrago completo.
O planejamento no Bahia está refletido nas quarenta contratações que foram feitas e, entretanto, não se conseguiu formar um time. Está faltando competência e não sou eu quem o diz, são os fatos. Não sabemos hoje ao certo qual o sentimento de Mota em relação ao Bahia, que com certeza não é mais de amor… e eu quis acreditar. Lançaram um time quase que inteiro de garotos egressos da base e não souberam fazer como isto dar certo, mesmo com todo o apoio da torcida. Então…
Troca-se de técnico com a mesma rapidez dos relâmpagos, em um só dia foram contactado não menos de três. Ferreira do Colo-Colo não quis, um outro também não e Fernandes topou a parada. Charles foi “afastado” e se tornou mais uma prata-da-casa que “não” deu certo, será um técnico-tampão enquanto esse estado de coisas continuar. O problema, senhores, não é técnico e nem os jogadores da base… o problema está em cima, na vaidade absurda que acaba refletindo no todo tricolor.
Tenho batido na mesma tecla; o futebol, há muito tempo, tornou-se um grande negócio, movimenta altas somas de dinheiro e não pode ser gerido com politicagem. Precisa de pessoas capacitadas, com autonomia em todos os seus departamentos, com uma supervisão rigorosa e auditorias independentes. Não cabe mais grupos fechados e “sentimentais” salvadores de pátrias, empresários amadores torcedores de “quatro costados”, nada disso! No caso do Bahia é preciso um grupo empresarial com razão social definida e com dinheiro para investir, logo!
A Nação Tricolor está humilhada e desesperada, quer mudar. Não há perseguição a esse ou aquele, o que existe é uma vontade imensa de milhões de pessoas em sofrimento querendo ver o Bahia novamente vencedor e, libertado de uma gestão que não faz mais sentido. Diz o bom senso que o momento é este. Apesar de alguns mais açodados, ninguém quer fazer nada na força bruta, a nação é pacífica e quer apenas ver à sua “paixão” entre os melhores e não entre os piores.
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Continuo dizendo que o grito de “é campeão, é campeão!!” não terá muitas vozes neste Campeonato Baiano.
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E o Guarani de Campinas sofre o quarto rebaixamento na gestão de José Lourencetti. Cerezo é culpado? Nada disso, não se chega em lugar algum quando não há competência. Que sirva de exemplo! Olhem que lá são apenas seis anos com o mesmo presidente!!
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No Ceará os velhos conhecidos, manjados e rodados técnico e jogadores do Fortaleza acordaram segunda-feira com a maior ressaca moral possível… O Ceará é campeão! Aliás o apelido do técnico é VICERNI… dá para adivinhar quem é ele? Vai gostar de ser vice assim lá em Canabrava!!
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Fizeram do Gabynho uma espécie de gincana para desviar os focos nos fracassos… Um abraço aos foreiros do ecbahia.
comentários
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