é goleada tricolor na internet
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Publicada em 30 de agosto de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Água dura, Irmão?

Quem leu há de recordar o que escrevi aqui nesta coluna sobre o time do Bahia, em passado recente à época do Gallo. Escrevi que com aquele time, sem se fazer pelo menos umas quatro contratações, não iríamos a lugar algum. Falei que essas contratações serviriam para dar qualidade ao restante do grupo…

Pois bem. Chegaram Juninho, Juliano, Jael, Paulo Isidoro e Nadson, além da promoção de Bebeto, jogador esse que é de muito futuro, basta apenas que se dê a ele as mesmas chances que foram dadas ao Marcos.

Desses citados acima apenas incluo mais um que, apesar de estar no elenco há muito tempo, precisava de um treinador que lhe estimulasse ao ponto do seu potencial. Esse é Hélton Luiz. Para mim, titular absoluto da posição.

Um elenco que começou bem o ano e encheu a torcida de esperança não poderia ter de uma hora pra outra se transformado em medíocre. Pois bem, aí está o Bahia com uma cara nova e qualificado para se classificar à Série A.

Disse aqui mesmo que o jogo contra o Paraná lá em Curitiba seria divisor de águas, e foi mesmo! Ainda que haja algum tropeço contra o Ceará, o que seria absolutamente normal devido ao bom momento do time da terra de Iracema, assim mesmo dá para acreditar no Bahia.

E dá para acreditar porque há um treinador muito bom à frente do elenco. Ele sabe motivar o grupo e conhece muito de futebol taticamente. É um cobrador de determinação do time e um insatisfeito, sempre, ao término dos jogos. Ele, Sérgio, acha que sempre dá para melhorar no próximo jogo, e isto é uma filosofia de alguém com espírito de perfeccionista.

Que bom que Sérgio tenha vindo. Assim todos estão vendo uma melhora estrutural no time e uma motivação verdadeira de quem sabe aonde quer chegar. Não digo que o Bahia já está no ponto. Digo que só agora ele encontrou o rumo do objetivo e buscará alcançá-lo. A tendência é melhorar, pois o entrosamento e a definição de “um onze” farão desse time algo de muito confiável.

O mais importante é que o time encontrou a confiança perdida. A torcida também está confiante. Isto faz com que o Tricolor seja imbatível dentro de casa e fora dela seja sempre aguerrido, por simplesmente acreditar. A consequência será a melhor possível.

Pra falar a verdade eu não acreditava no futebol de Nadson e nem na utilidade de Paulo Isidoro. Também não acreditava que Jael fosse solução alguma, mas nesse caso valeu a insistência de Paulo Carneiro que tanto fez até trazer o Jael. No caso de Jael eu apenas fiquei na bronca devido a ele ter desistido do Bahia e ter ido para o Cruzeiro. Até onde entendo, faltou palavra, e isto eu abomino.

Tudo estava devidamente acertado entre clube e jogador, aí o cara dá uma rasteira no Bahia, que deixou PC falando sozinho e sem jeito. Já o Nadson eu não acreditava pelas suas passagens no Corinthians e Vitória, respectivamente. Mas parece que no Bahia ele começa a reviver seus bons tempos.

O fato é que futebol é momento, e todos temos momentos difíceis em nossas vidas e a paciência é a melhor arma contra esses momentos. No Bahia, por ser um time de massa, paciência você tem que ter ao quadrado, e no lugar do sangue você precisa ter gelo, porque se for dar atenção às criticas que estouram de todos os lados, você se perde e entrega o bastão.

Sabe aquele amigo que me ligou às seis da manhã semana passada, do qual falei aqui, o tal do “público zero”? O dito cujo voltou a me ligar nesta manhã de domingo só porque eu disse a ele que o São Caetano seria uma parada dura e que o empate aqui estava dentro de uma previsão normal…

Falei assim por falar, mas ele não deixou por menos e hoje veio a resposta… “Você parece que não conhece o Baêa. Aqui dentro com a casa cheia não tem pra ninguém, vou chegar no Ceará e meter ferro neles! Só tô com uma bronca. Paulo Isidoro tem que sair da relação dos que viajam pra dar lugar a Juliano, porque se colocar ele é broca de Jael e Nadson no Ceará”.

Água dura, irmão? Isidoro nem jogou e acho que não vai jogar em Fortaleza. Vai botar Juliano em lugar de quem? “De Juninho, ora!”

Realmente é difícil contentar a todos… O time ganhou e o cara quer que Sérgio tire o Isidoro até da relação, e pelo visto Juninho, que deu aquele passe açucarado para Nadson fazer um belíssimo gol, vai ter de sair por vontade desse estabanado…

Detalhe: o telefone tocou às 05:45 só pra me dizer isso e também que havia ganho “duas grade de cerveja”, na praia de Ipitanga, com o pagante olhando ele e amigos beberem sem direito a um copo. “Disso não vou abrir mão que é pra aquele corno deixar de sacanear o meu Baêea”. O pagador é tio dele. Pior, o acerto é o titio, além de pagar, ficar olhando. Se quiser beber, compra!

xxx

No jornal A Tarde (internet) há uma entrevista em vídeo, com José Athayde (radialista). É uma belíssima e desfrutável matéria. Uma história de vida e humildade com fatos pitorescos e emocionantes. Vale a pena ver.

Não o conheço pessoalmente, Sr. Athayde, mas quero parabeniza-lo pela sua humildade e exemplo de vida. Caráter não se constrói, nasce conosco. O Sr. precisa trabalhar para bem do seu espírito, mas muito mais pelo que tem pra ensinar. Ainda não é tempo de a imprensa ficar privada de tamanho privilégio.

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