Em 2004, a palavra é fé. Ao que parece, o banco sucumbiu aos apelos da imensa torcida tricolor. Não que ele seja bonzinho, mas a questão é tentar reaver algum investimento já feito ou até mesmo safar o nome. O fato é que o presidente Marcelo Guimarães bateu pé firme, não largando o osso, todavia, o seu orgulho e prepotência se transformaram no maior “mico”, já que agora o mesmo foi rebaixado à categoria de rainha da Inglaterra.
O mais lastimável é que o pobre coitado ainda tenta parecer estar por cima. Já declarou, inclusive, que o clube vai modernizar o departamento de futebol. Quanto a isso, não tenho dúvida, até porque a primeira medida tomada foi colocá-lo no mais absoluto ócio. Disse ele, também, que o clube contrataria de oito a nove jogadores. Será? Alguém em sã consciência ainda confia no que ele fala?
De agora em diante, quem responde pelo clube é Miguel Kertzman e Walter Telles. Então, eu volto a tocar na questão da fé. A esperança é renovada. Embora não tenham experiência na área de futebol, ambos gozam de grande prestígio profissional. E do que o Bahia precisa, senão de profissionais que o dirijam?! Brunoro e Angione são exemplos de profissionais que enveredaram para o ramo do futebol e deram certo. Nada impede que Kertzman e Telles sigam o mesmo caminho. A torcida, por sua vez, precisa acreditar. Pior do que estava é impossível ficar.
Entendo todo o temor da Nação Tricolor, já que se acostumou a torcer por um time brioso, campeão. Contudo, devemos dar um voto de confiança aos profissionais que ora assumem o comando do Esquadrão de Aço. A tarefa é árdua. Não pensem que em breve tudo estará resolvido. De forma alguma. O clube foi usado e sucateado por muitos anos, pela figura de Paulo Maracajá e suas marionetes que o sucederam.
Nós gritamos por mudanças e elas finalmente estão por vir. Deste modo, devemos apoiar o novo comando do clube, cobrar do mesmo e acreditar que as melhorias serão implementadas. O torcedor do Bahia espera poder voltar a bater no peito e dizer com orgulho que é tricolor de coração, sem vergonha. A humilhação a que fomos submetidos ficará para trás.
Nada ainda está resolvido, repito. Mas o pontapé inicial foi dado. A caminhada é longa, entretanto, se sofremos por mais de dez anos com a involução do Bahia, será razoável aguardar que ao longo de 2004, com muita fé, assistamos o início do ressurgimento tricolor. Bora Baêa!
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.