Não sei como é que funcionam as coisas “intramuros” lá nas hostes tricolores, mas será que não há alguém capaz de sussurrar no ouvido de Charles Fabian e dizer a ele que o time está sem meio de campo nesse esquema medroso e suicida que ele usa? Não acho que a vaca foi ou tá indo pro brejo, mas a forma de evitar o passeio da vaca no brejo não é jogar com três cabeças de área. Evita-se derrotas atacando, sendo audacioso, e não “cuidadoso” em demasia.
Um técnico que se dá ao luxo de ter um jogador com a habilidade de Danilo Rios no seu elenco, e coloca Rodriguinho, que não está bem, em detrimento de Danilo Rios, só pode dar mancadas como a que deu no ultimo domingo, quando o Bahia ficou na vantagem tendo um jogador a mais que o adversário e não soube ganhar. Não era Sorato que deveria sair, sim o Juninho, que no meu entendimento não estava bem.
Dá para notar claramente que o Bahia está sem jogadas ensaiadas, sem um time definido e sem esquema tático inteligente capaz de envolver adversários como faz um Luxemburgo ou um Muricy. Não pensem que sou “viúva” de Evaristo de Macedo, mas se ele estivesse no Bahia com o mesmo plantel que aí está, o show seria diferente e do jeito que a torcida gosta.
Prestem atenção: Se Charles continuar jogando com três cabeças de área, pensando que os adversários ainda não enxergaram as fraquezas táticas do Bahia, vai ser muito difícil estar entre os quatro primeiros. Não é preciso ser expert em futebol para ver isto, é apenas uma questão de fácil equação. Como é que um time com um jogador a mais que o adversário, dentro de casa, com trinta e cinco mil torcedores, não consegue superar seu próprio medo (incutido pelo treinador) para ganhar uma partida que nem era contra um Santos ou um São Paulo?
A próxima parada é lá em Campina Grande… Se jogar com medo vai perder mais uma e as chances ficarão reduzidas a onze partidas, e aí é ultra necessário ganhar todas dentro de casa e pelo menos uma fora, ou conseguir uns três empates. Entretanto, o duro é reunir condições emocionais para jogar com tranqüilidade diante da sua própria torcida, caso perca em Campina Grande.
O jogo contra o Treze será o divisor de águas, inclusive para a permanência de Charles à frente da direção técnica. Até com um empate, dependendo em que condições, torna bem possível a sua queda. Se ganhar sobrevive até o próximo tropeço dentro de casa. Tomara que tudo de ruim já tenha acontecido e daqui em diante a história seja escrita em cima dos bons resultados. Não estou fazendo apologia ao negativo. Trabalho em cima da lógica e ela me mostra que em dois jogos só foi ganho um ponto. Charles depende de quatro pontos para continuar.
Uma outra coisa preocupante é a arrogância de Charles diante de alguns fatos entre ele e alguns jogadores. A experiência deve estar lhe faltando e os recados via imprensa aos jogadores insatisfeitos com substituições ou exclusão de grupos têm soado muito mal, e por isso mesmo causando danos no seu relacionamento com os jogadores sob o seu comando. Sorato, Rafael Bastos, Dadico, Pereira, Gil e sabe-se lá quem mais! O fato é que os súditos já não amam mais ao seu rei como dantes. Se ainda obedecem não sei.
Falando menos sobre Charles, de quem nada tenho contra pessoalmente, ao contrário, acho-o um jovem promissor e dedicado ao Bahia. A colocação é apenas de ordem crítica. Será que a questão salarial, que sabemos em atraso, está sendo conduzida com coerência junto aos jogadores e comissão técnica? Este é um detalhe que pode influenciar decisivamente no comportamento de cada jogador e de cada profissional do departamento técnico.
Que será feito de Edinei? Faz parte dos planos do Bahia ainda? E Gil, um dos melhores meias que tem o Bahia, será devidamente bem aproveitado? Elias, ainda está contundido ou “contundiram” ele? Esse pessoal que está na reserva dos reservas, tem tido a mesma atenção em relação aos demais por parte da diretoria, no tocante aos salários em atraso? Acho que ao Bahia está faltando um supervisor de categoria nacional. Não sei exatamente qual a função de Roberto Passos, um belo caráter, mas ainda não tem a carta branca que tinha Orlando de um lado e do outro para tratar assuntos pertinentes e fazer valer.
Enfim, vamos esperar que as coisas aconteçam segundo nossos anseios. Vamos ver se chegamos à Série B sem maiores sofrimentos. Que os homens se entendam dentro do Bahia visando o interesse do clube e da torcida. Esta, por sinal, vem cumprindo com a sua parte de forma brilhante. Ainda na quinta-feira passada deu mais uma demonstração de amor e fidelidade ao seu Bahia, fez ver mais uma vez ao resto do Brasil que aqui independe da divisão em que o clube se encontre, ou contra quem joga, a torcida vai ao estádio para ver o Bahia.
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Os irmãos Luis Cláudio (Peixinho) e Carlinhos Silveira, soteropolitanos, tricolores e residindo em Aracaju, queridos amigos de tantas boas lembranças! Sinto saudades dos nossos tempos de convivência quase que constante, afinal estarmos no Parque da Cidade todos os dias desde às 05 hs., chovendo ou não, para corrermos, já indicava o grau da nossa amizade. Um forte abraço e muito obrigado pelas mensagens.
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Não existe um clube no Brasil mais bem dirigido que o São Paulo FC. É muita organização para os padrões brasileiros, convenhamos! Em compensação, o Corinthians é uma bagunça constante, protótipo de uma fábrica de ilusões sem precedentes.
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Vem aí o segundo round da luta entre Eurico Miranda e Roberto Dinamite. É só esperar pra ver. Começou o aquecimento em primeiro de outubro, com Dinamite se elegendo deputado e Eurico perdendo. A briga continuará em São Januário pela presidência do Vasco. Se houver bom senso deve dar Roberto Dinamite.
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