Como tenho escutado e lido um monte de “conclusões” à revelia do bom senso sobre as eleições para presidente do Bahia! Uma dessas conclusões mal feitas é o preconceito quanto a candidatura e possível eleição de Marcelo Filho à presidência do Tricolor. Acusam o rapaz de ser uma continuidade de tudo que está instalado no Tricolor simplesmente por ser filho de Marcelo Guimarães, e aí atrelam até problemas extra Bahia com deduções aleatórias e perversas. O moço esta sendo prejulgado, em nome do continuísmo, sem ao menos ter assumido patavinas! Eleição só se ganha nas urnas.
Não me incomodo se alguém ou alguns me denominarem de “quinta coluna”, paciência, não escrevo para agradar a todos e nem tenho medo do que possam pensar de mim. Apenas emito a minha opinião por entendê-la sensata. Não tenho interesses outros e muito menos conheço Marcelinho pessoalmente. Aliás eu era conselheiro até Marcelo (o pai) chegar à presidência, e então me sacaram sem maiores explicações. Eu pouco liguei! Se foi por atraso de mensalidade não sei, só sei que enquanto recebi o carnê, paguei. É tudo uma questão de conveniência, faz parte.
Essas coisas não me incomodam, sou desprovido desse tipo de vaidade. O que me faz mal é ver que as pessoas são muito preconceituosas. Isto sim eu abomino. Jamais julgaria o filho do meu pior inimigo por qualquer motivo pequeno, principalmente pelo simples e natural fato de ele ser filho de um (…) inimigo. O que eu vejo num contexto amplo é a capacidade do homem, o seu potencial, o seu sucesso na atividade privada, a sua história enfim. Posso até não gostar da pessoa (…), mas não tenho o direito de julgá-la por uma coisa que ela ainda não fez.
Penso assim em relação a qualquer dos candidatos atuais, são todos potencialmente competentes até que me provem o contrário. Mas não pensaria assim sobre o antigo, esse já deu demonstrações de que não se adaptou à época moderna, o atual estágio do Bahia é que certifica-me disso. De forma que se eleito for qualquer dos candidatos, esse contará com a minha compreensão inicial e talvez por todo o seu mandato. Depende do que ele venha a realizar a curto e médio prazos dentro das necessidades do Tricolor.
Tenho certeza de que aquele que for eleito vai querer fazer o melhor para o Bahia. Ninguém vai querer jogar o seu nome na lama, todos têm a intenção de fazer uma nova história para o Bahia, e todos querem ser parte dessa história. O futuro presidente vai enfrentar muitas dificuldades, nada será fácil, as luzes não se acenderão sozinhas, alguém vai ter que ligar a tomada com o cuidado de quem não quer “tomar um choque”.
Sabem porque o Vasco caiu? Porque o prepararam para isto. Não é de Roberto Dinamite a culpa. Ele pode ter alguma culpa sim, talvez por ser inexperiente, mas isso é mínimo em relação ao acúmulo de problemas do Vasco. Aqui não se cai mais, pelo menos neste ano, o que já é um consolo. Prefiro confiar em quem vem por aí com o sentimento (quisera que fosse certeza) de que o Bahia já caiu tudo que tinha para cair, e que agora a necessidade principal é levá-lo à série A.
Vou abrir a colméia de vespas: caso sejam eleitos, respectivamente, Fernando Jorge ou Marcelinho, será tentado o Paulo Carneiro. Os dois citados candidatos trabalham com essa flexibilidade, digamos assim. Pelo menos nas entrevistas que vi se mostraram abertos à tal possibilidade. Caso isto venha ocorrer eu não serei voz contrária, pois entendo Paulo Carneiro como um profissional e não como torcedor, e como profissional ele obedeceria regras administrativas, tão somente essas regras. Futebol tem que ser dirigido por profissionais competentes, e competência não se pode negar que Paulo Carneiro tenha.
O fato é que as eleições estão à porta e as atenções de toda a Bahia – e por que não dizer do Brasil? – estão voltadas para esse acontecimento que poderá mudar a história do Bahia definitivamente. Isto vai depender única e exclusivamente da capacidade gerencial do novo presidente. É bom que os ânimos não se acirrem e os espíritos sejam desarmados. Todos deverão praticar a democracia já que as regras estão estabelecidas. O recente episódio causado por oposicionistas na última assembléia devem servir como exemplo de aprendizado.
Se por acaso o presidente eleito não for o que a torcida anseia, então esta mesma torcida deve se preparar associando-se ao clube para que em 2011 o presidente seja eleito por ela, torcida. Agora qualquer barulho terá o mesmo ruído de siri em lata vazia. A eleição será legal e disso ninguém tenha dúvida, porque se alguém comete mancadas, esse não é da diretoria atual. Imagina se alguém vai querer dar brechas!
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Em respeito a todos os conselheiros conscientes que há no Bahia, homens de bem e acima de quaisquer suspeitas, quero deixar aqui o meu abraço. Por justiça quero falar de um Benemérito muito especial, que é o Dr. Bernardo Spector, uma pessoa de moral ilibada e digna de todas as honrarias como cidadão, amigo, homem público, Conselheiro e médico. O Dr. Bernardo Spector, quando secretário do Bem Estar Social, ajudou muito ao Bahia usando sempre os princípios morais e éticos. Uma figura humana extraordinária, que jamais se negou à causa humana. Muito fez pelo Bahia, mas nunca quis aparecer pelos seus feitos. Quis sempre colaborar.
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Está findo o campeonato brasileiro em todas as suas categorias profissionais. O São Paulo, de forma merecida, ganhou mais uma vez a taça, com o toque muito especial de TRI CAMPEÃO. São os frutos do trabalho sério e profissional de um clube que se tornou modelo e referência para o mundo. Hoje o São Paulo está entre os maiores e mais organizados clubes do Planeta.
A todos os torcedores do São Paulo envio os meus PARABÉNS!
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