Uma semana depois e tudo volta à normalidade. O presidente do Bahia está reeleito para o bem do próprio Bahia. Entendo que cada parte fez aquilo que achou certo, se houveram vencidos ou vencedores, que aproveitem então e façam as devidas reflexões sobre a derrota ou o êxito. Acho que o momento é de tocar um projeto para fazer um Bahia melhor e maior…
As lições do episódio devem ser aprendidas para que na próxima vez montem estratégias sem sugestões da emoção, ou do ódio, que nesses momentos superam a razão, para reivindicar direitos. O conceito da ação eu não discuto, mas a execução é que foi completamente equivocada e trapalhona. Por que parar o Bahia num momento em que o clube está em fase de retomada de crescimento?
Apesar de todo o tumulto, de certo modo, foi bom ter acontecido para que a mudança fundamental às imperiosas necessidades do Bahia vá ganhando corpo e as partes compreendidas como Situação e Oposição amadureçam a idéia de solidificar a instituição para que o próximo presidente seja eleito pelos sócios do clube.
Mas diversos pontos precisam e devem ser discutidos à exaustão. Exaustão essa que não pode ser confundida com radicalismo… Não é a vontade desses ou daquele que deve sair fortalecida das discussões, sim o bom senso.
Tudo que envolve interesse da sociedade tem de ser devidamente discutido e amadurecido. Nenhuma atitude mais drástica, de parte a parte, deve ser tomada isoladamente em nome de uma fração. A civilidade está aí como divisora de águas e não como fórmula de intimidação e força irracional quando o objeto discutido é do interesse comum de uma nação.
Agora, com medidas radicais e querendo fazer tudo na base do vamos ver quem pode mais não se chegará a lugar algum. Toda ação gera uma reação, e nesse momento a razão nem sempre é ouvida. Aí, quando perde, vai querer determinar as regras da defesa do atacado? Não foi a ação no momento indevido que causou a reação?
Se erros houve nas mudanças no Conselho do clube, então, seria naquela época que a oposição deveria ter acionado a Justiça… São essas coisas que no meu modo de ver deixa a oposição sempre em desvantagem. Isto faz conotar uma fragmentação de pensamentos na oposição.
Em minha opinião, o Bahia é atualmente um clube em ascensão e, quer queira ou não, as coisas estão aí acontecendo de uma forma que dá ânimo e esperança à própria torcida, e este é um sentimento que noto no contato direto com torcedores, mesmo os que criticavam o time e a diretoria em tempos passados.
Há tempo para tudo, e para rever pontos onde pecamos por excessos, há mais tempo ainda. Quando as vaidades baixarem à sepultura, as intransigências cederem ao meio termo, e razão dar luz a cegueira, nos depararemos com um Bahia muito melhor, infinitamente melhor que o de ontem e maior que o de hoje.
Rubem Alves escreveu uma crônica intitulada O sonho dos ratos e eu a transcrevi lá pelos idos de 2004 na seção ARQUIBANCADA, quando ainda não era colunista, aqui mesmo no ecbahia.com. Esta crônica é por demais interessante para reflexões, para os mais velhos e os mais novos.
CONTRATAÇÕES
Ananias e Vander estão de volta, pois que sejam bem vindos… Essa será a política do clube, emprestar potenciais para amadurecer talentos. Qual meia-atacante está à disposição do Bahia no mercado brasileiro, com a mesma qualidade técnica e versatilidade de Ananias e Vander? Tomara que se confirme mesmo a volta dos dois.
Não digo que não há no futebol brasileiro jogadores melhores que os citados acima. Claro que há. Porém, o orçamento do Bahia está previsto em cerca de 62 milhões, então a competição com os clubes que tem orçamento acima disso torna-se desigual.
Morais, possivelmente, esteja voltando para o Bahia… O excelente jogador viria pra reforçar em qualidade o meio de campo tricolor. Em boa hora, pois, certamente outros clubes de maior poder aquisitivo procurarão por ele. A favor do Bahia o fato de a sua organização profissional estar chamando atenção além fronteiras.
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