O Bahia foi para o ataque contra o Fortaleza, no Castelão. É assim que tem que jogar uma equipe que busca o título. O espírito agressivo assustou o perigoso time comandado pelo grande goleiro Zetti. Ninguém pode se enganar: os cearenses podem vencer o Brasiliense, no Distrito Federal.
Já o Bahia tem que partir para a vitória contra o Avaí, na Ressacada, tem que ter o mesmo espírito guerreiro que teve contra o Fortaleza. Se jogar do mesmo modo, sai de lá com a mão na taça.
No jogo do Castelão, Renna mais uma vez fez a diferença. Infernizou a defesa adversária e foi premiado com um belo gol situação em que ele esteve perto várias vezes nos dois jogos anteriores, contra Avaí e Fortaleza, ambos na Fonte Nova. Renna, no momento, é a alma do time do Bahia. Disposto, não pára em campo e deseja ser campeão. Ingredientes suficientes para credenciá-lo como aquele que dita o ritmo da vitória.
O treinador Oswaldo Alvarez acertou mesmo em manter Ari na lateral-direita. Ele esteve perto do gol contra o Fortaleza em uma delas, a bola se espatifou contra a trave e não deve demorar a acontecer o coroamento de suas arrancadas fulminantes que desnorteiam os marcadores. Esse é o caminho das pedras.
Alvarez também acertou nas substituições. Igor e Luís Alberto deram nova dinâmica ao meio, acabando com a ligação direta defesa-ataque. Aliás, o treinador tricolor terá uma dificuldade a mais para substituir Rodriguinho. Ele gosta de Cícero, mas o substituto ideal para vencer os catarinas deverá ser Igor.
Luís Alberto tem entrado muito bem, com personalidade, voltando a mostrar o futebol que um dia Bobô disse que era primoroso. Contra o Fortaleza, o bom goleiro Bosco fez uma defesa espetacular, evitando um gol antológico de Luís Alberto. Quem sabe esse gol não sairá contra o Avaí?
Na defesa que deu mole no gol do Fortaleza e em uma jogada bisonha que obrigou Márcio a duas grandes defesas Reginaldo Cachorrão será o grande desfalque. Allyson é o substituto natural, mas Oswaldo Alvarez pode recuar Neto para a zaga e formar o meio com Henrique, Luís Alberto, Igor e Robert. Para quem quer o título, é a melhor formação.
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O craque Tostão abordou em sua coluna nacional o tema motivação e auto-ajuda. Para ele, a presença dos grandes motivadores e dos manuais de auto-ajuda é um retrato dessa nossa cultura imediatista, individualista, descartável e das coisas óbvias, redundantes, banais e medíocres. Concordo inteiramente e completo: graças a Deus, em 42 anos de vida, nunca li um livro de Paulo Coelho, Lair Ribeiro, Spencer Johnson…
Recorro a esse tema a propósito de um comentário que um conselheiro do Bahia fez a respeito de Oswaldo Alvarez, que seria mais motivador que treinador. Discordo. Repito uma frase de Tostão: Motivador sem conhecimento técnico é um enganador. Alvarez realmente mexeu com a psiquê dos jogadores, mas soube também armar o time e conduzi-lo até as finais.
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Bobô tem que repensar o trabalho da Divisão de Base. O Bahia perdeu cinco do seis campeonatos não-profissionais que disputou em 2004. Não podemos usar como resposta a mesma alegação fajuta que o time de Canabrava usa, de que nossos títulos profissionais não valem nada. Título sim, importa. E muito.
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