A administração MGF vai acumulando surras na Justiça (e torcemos pra que continue assim) e vexames na divulgação das condições do clube (salários atrasados de atletas e funcionários, múltiplas contas zeradas, calote em pagamentos de rescisões, dívida com serviços básicos como provedor de internet e telefonia, entre muitos outros). Mas, ainda mais importante, é o tapa na cara que MGF, seus asseclas e a parte da imprensa vendida baba-ovo estão tomando da torcida do Bahia, dos jogadores do clube e da mística tricolor.
Este sexto lugar no Brasileiro, colocação jamais alcançada pelo clube nessa era de pontos corridos, pode ser ainda prematuro para qualquer comemoração. Pode até ser ilusório. Mas, nesse primeiro momento de intervenção, quando, politicamente, o clube está fervendo, é fantástico ostentarmos uma posição tão honrosa na tabela (e com chances muito reais de subirmos nas próximas duas rodadas, fincando os pés no G4).
Não teve essa história de corpo mole de jogadores ou de técnico e diretor de futebol pedirem pra sair. Cristóvão, Anderson Barros, Lomba, Hélder, Fernandão, Talisca, Titi, Raul, Lucas Fonseca, eles e todos os outros são funcionários do Esporte Clube Bahia. Por mais que, nos últimos anos, tenham tentado transformar o Esquadrão em Família Guimarães F.C., a estrela tricolor é mais forte e, tal qual uma fênix, ressurge em seus momentos mais catastróficos.
A Justiça tem que ser celere e implacável. Como um clube que, segundo seus antigos mandatários, tem “patrocínio recorde, verba de TV recorde, contrato de material esportivo recorde, bla bla bla” tem contas zeradas? Não tem dinheiro pra pagar nem a conta de telefone? Eu já indaguei isso há alguns meses, na época da eliminação prematura da Copa do Nordeste, e fui ameaçado de processo por MGF e toda a diretoria do Bahia. Mas a indagação permanece. Cadê o dinheiro?
A intervenção tenta botar ordem na casa e, o mais importante, organizar com transparência o quadro de sócios do Bahia para, então, convocar novas eleições o quanto antes. Infelizmente, baseada no estatuto caduco que tínhamos. Mas, a expectativa é que o novo presidente, eleito de maneira limpa, não perca tempo para promulgar um novo, moderno e democrático estatuto. A nação não vai tolerar mais adiamentos nem falta de transparência.
Em campo, temos um time minimamente organizado. Cristóvão vai tirando leite de pedra e se, às vezes, irrita pela falta de ousadia, a falta de material humano confiável parece ser a maior razão. Alguns ajustes feitos já melhoraram muito o time em relação ao primeiro semestre, mas não podem ser suficientes para justificar tamanha mudança de atitude e resultados.
Ainda não engulo (lá ele) que tomar 5×1 e 7×3 do rival foram resultados de jogos ruins. Ainda há muita, mas muita sujeira embaixo do tapete a ser desvendada. Administrativamente, principalmente, mas também na esfera esportiva.
A torcida vai apoiar tudo que visar um Bahia melhor, mais forte, mais competitivo e, principalmente, mais abraçado com a sua torcida, que é seu maior patrimônio. Que os novos ventos que sopram pelo Fazendão tragam tempos de prosperidade, enfim, ao Bahia. E, de quebra, que façam a bola entrar (lá ele 2) sempre a nosso favor.
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