Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Fluminense estão fora da Libertadores. O Ceará deu um banho de bola no Flamengo de Ronaldinho em pleno Rio de Janeiro, ganhou o jogo e espera selar a sorte de Luxemburgo em Fortaleza. Já o Palmeiras de Scolari levou uma pancada de seis do Coritiba e deu adeus à Copa do Brasil se a lógica prevalecer, o fato está consumado.
Será que o grande Felipe Scolari vai se sustentar no cargo? Eis a dúvida. Exceto se o Palmeiras, que arrecada anualmente 125 milhões segundo o balanço de Janeiro último e tem um endividamento de 209 milhões, resolver se endividar mais ainda e contratar astros.
Esse é o futebol atual no Brasil, times nivelados por baixo, com algumas supostas estrelas aqui e acolá. Não há mais super time fora do primeiro mundo Europa onde o dinheiro rola sem problemas e atrai irresistivelmente os brasileiros que vão aparecendo para o futebol e os que já estão firmados como craques. O êxodo é incontrolável.
A chamada elite do futebol brasileiro tem 20 times, desses só uma meia dúzia está em condições de brigar pelo título. Competir com clubes de orçamento superior a 100 milhões, num campeonato de pontos corridos, para chegar ao título, é quase impossível. Por exemplo, São Paulo e Corinthians, juntos, têm orçamento de 550 milhões. Bahia e Coritiba, juntos, não chegam a 120 milhões.
Em 2010 o Corinthians teve uma receita total de 212 milhões, contra um endividamento de 122 milhões. Situação completamente diferente vive o Atlético de Minas, com uma receita em 2010 de 93 milhões, contra um endividamento de 527 milhões. Só estou traçando um paralelo entre dois grandes clubes do futebol do Brasil para exemplificar as diferenças existentes.
Não é para se esperar mais que classificações para Libertadores e Sul-Americana. Isto, claro, para os clubes de orçamento mediano. Fora disso será preciso mudar o regulamento, que creio, acontecerá nos próximos anos para que todos tenham condição de lutar pelo título. Não sei qual poderia ser a nova fórmula, mas aos pontos corridos resta pouco tempo.
Com o atual critério de pontos corridos, desde agora posso dizer quais clubes têm chances reais de conquistar o título: Corinthians, Santos, São Paulo, Cruzeiro, Internacional e Grêmio. Flamengo, Fluminense, Atlético de Minas, Palmeiras, Vasco e Botafogo seriam os azarões bem nesta ordem aí. O resto tem mais é que tentar fazer um bom papel e brigar para não cair.
Quem marca as cartas nesse critério de pontos corridos é o orçamento de cada clube participante. O Bahia vai com um orçamento de 50 milhões, por exemplo. O São Paulo tem um orçamento cinco vezes maior e o Corinthians seis vezes mais. Ponto.
BAHIA
Aqui, mais uma vez, o Bahia ganhou, mas não levou. E como de praxe em qualquer torcida ansiosa e mal acostumada com títulos, as cobranças e críticas caíram sobre a diretoria como uma tromba dágua. Pois bem, sob a pressão das necessidades, o Tricolor dispensou alguns jogadores, contratou Jobson, tenta trazer os dois xodós da torcida Morais e Adriano–, possivelmente acerta com Fahel, e está tentando mais dois para não dar mole no Brasileirão. Mas há limites.
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