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Tendência na Copa, acréscimos maiores serão vistos no Brasil em 2023

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Brasileiro
Publicada em 18 de dezembro de 2022 às 16:38 por Victor de Freitas

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Fonte: Getty Images

Uma das marcas deixadas pela Copa do Mundo de 2022 é a quantidade de acréscimos nas partidas. Foi comum ver jogos com 10 ou mais minutos acrescidos mesmo sem ter tido teoricamente grandes paralisações. Ou até mesmo uma final de Mundial com oito minutos de tempo extra no segundo tempo.

O motivo é que a FIFA exigiu que os árbitros fossem rigorosos no acúmulo do tempo em que o jogo fica parado, não só no momento das substituições ou comemoração de gols, mas também no tempo para cobrança de uma falta ou um simples lateral.

Como toda Copa costuma deixar legados, esse é um deles. E deverá ser adotado no futebol brasileiro em 2023.

A afirmação é de Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Ele explica que essa é uma forma encontrada pela FIFA para coibir atrasos propositais, como a “cera”.

É uma tendência esse maior rigor. Não só em relação às perdas de tempo grandes do jogo. Mas também os arremessos laterais, a demora no tiro de meta, a chamada cera”, explica o ex-árbitro e presidente da Comissão, à rádio Itatiaia.

“A Fifa tem demonstrado essa preocupação. É entregar para o público uma quantidade maior de bola rolando”.

Segundo Seneme, o maior rigor será cobrado principalmente durante o Campeonato Brasileiro.

“É um desafio para o Campeonato Brasileiro. Já tivemos aumento nos tempos de acréscimos em 2022. Em 2023, provavelmente, a gente vai trabalhar com números maiores”.

“O que a gente espera é que a atitude de todos dentro do futebol beneficie para que tenhamos a bola rolando cada vez mais. Mas caso não ocorra, que os árbitros sejam rigorosos na aplicação dos tempos, finalizou Seneme.

Dentre os brasileiros que trabalharam na Copa do Mundo, o paulista Raphael Claus foi quem concedeu o maior número de tempo extra em uma só partida.

No duelo entre Inglaterra e Irã, foram 27 minutos de acréscimos aplicados pelo brasileiro, somando os dois tempos, sendo 14 minutos de tempo extra no primeiro tempo e 13 minutos no fim da segunda etapa.

Para se ter uma ideia, o Mundial no Catar teve média de 13,2 minutos de acréscimos por partida nos 48 jogos da primeira fase.

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