Enderson explica mudanças e diz se pretende manter esquema tático

Fonte: Rafael Machaddo / EC Bahia

A escalação do Bahia contra o Athletico Paranaense surpreendeu torcedores e analistas. Com um esquema de três zagueiros, o técnico Enderson Moreira promoveu uma surpresa que gerou resultado no primeiro tempo.

Com uma escalação diferente do que o Bahia já utilizou em todo o ano de 2022, Enderson conseguiu exercer uma pressão alta e dificultou ações do time adversário nos 45 minutos iniciais e em parte da segunda etapa. Porém, cedeu campo e bola na reta final e levou a virada.

Em entrevista pós-jogo, o treinador tricolor afirmou que as mudanças na escalação e na formação tática foram formas de tentar criar alternativas para sair da mesmice.

“A gente precisa criar alternativas. Não pode ter só uma forma de jogar. O jogo pedia muito isso. A equipe do Athletico cruza muita bola na área, e a gente sabia que ia precisar ter jogadores para travar isso e brigar por essas bolas dentro da área. De tudo que a gente viu dos últimos jogos, a gente conseguiu eliminar muitas ações deles. O Felipão é um treinador por quem eu tenho uma admiração absurda, ele cria muitas alternativas, e a gente conseguiu filtrar bem isso”.

Vai manter o esquema com três zagueiros?

“É uma alternativa, não quer dizer que vamos jogar sempre assim, mas é uma alternativa que a gente cria. A equipe jogou com três zagueiros, mas jogou com argumento, com posse de bola, com controle do jogo em muitas situações. Em alguns momentos, acho que a gente rompia a primeira linha de pressão deles e a gente acabava indo para o embate de um contra dois, três. A gente podia ter um pouco mais de tranquilidade para trabalhar a bola. Fico feliz com a atuação, muito triste com o resultado. Mas futebol é assim, é eficiência”.

Por que escolheu jogar com três zagueiros?

“A gente tem tido um problema com os volantes, nesse momento. A gente está com jogadores que jogaram pouco ainda. Então a gente está buscando a melhor alternativa para a gente poder montar a equipe, mas sem dúvida nenhuma, é um caminho também. Não que vá ser sempre esse caminho, mas é uma possibilidade e a gente precisa desenvolver isso. A gente não pode ser uma equipe de uma nota só, que só tem uma forma de jogar. A gente precisa ter algumas variações que mantenham a nossa estrutura, a nossa ideia de jogo, e a gente continuou com isso hoje, mas que ao mesmo tempo nos possibilite mais opções táticas”.