O Bahia está vivendo um momento de destaque na Série B, ocupando as primeiras colocações desde o início da competição. O bom começo de campanha acontece logo após duas eliminações vexatórias nos torneios regionais do primeiro trimestre, que geraram preocupação e fortes críticas por parte da torcida.
Após cair na primeira fase do Baiano e também da Copa do Nordeste, o técnico Guto Ferreira teve sua saída pedida por muitos torcedores, apesar de que o maior alvo das reclamações era o presidente Guilherme Bellintani.
Mesmo depois de resultados tão ruins, com desempenho bastante abaixo do esperado para o Bahia, o time reagiu justamente para a competição mais importante da temporada.
Na live com Darino Sena, Guto Ferreira falou sobre as fases distintas vividas pelo Bahia em 2022, começando por explicações sobre o mau desempenho no começo do ano.
“Primeiro, quero dizer que o Bahia tem em seu staff um dos cinco melhores físicos do Brasil, que é o Valdir. Eu classifico assim e em todos os lugares ele é elogiado. Depois, não se pode esquecer que a sequência de jogos entra em uma situação em que a gente começou a jogar sem treinamento e começou a jogar contra equipes no Estadual que já treinavam desde novembro. A técnica não adianta nada se não tiver perna. Eles estavam na frente no estágio físico. Quando um jogador volta, ele demora entre dois a três meses para crescer após o término da competição”.
“Nós com 15 dias estávamos jogando três partidas na semana, até quatro. Isso, no aspecto físico, chega uma hora que começa a gerar lesões e tivemos muitas por causa da sequência de jogos, além da falta de um banco de reservas à altura. Também tivemos da equipe que terminou 2021 o goleiro, um zagueiro, dois jogadores do meio-campo e um atacante. Rodallega chegou com 20 dias de atraso e ficou parado por causa da Covid. Muitas vezes montamos equipes que não estavam conseguindo entregar competitividade, porque não estava em seu melhor”.
Para o treinador, o momento crucial para a virada de chave foi após a derrota para o Sport, na Copa do Nordeste, quando a equipe em seguida teve uma semana para treinar.
“Na hora que tivemos uma semana de descanso, quando conseguimos treinar os caras, treinar um pouquinho a equipe base para dar a partida (na temporada), demos 4 no Jacuipense”.
“Vencemos as outras duas e começamos a Série B vencendo os primeiros jogos, porque tivemos três semanas para melhoraria da estrutura física, técnica e tática da equipe”.
Guto também vê a estreia com triunfo sobre o Cruzeiro como fundamental para o ânimo do elenco.
“A equipe já tinha mudado o mental, porque havia vencido os três últimos jogos, e quando vence o Cruzeiro se percebe que pode. E as lideranças começam a ter condições de atuar de maneira veemente”.
Após as três derrotas seguidas, para Juazeirense, Atlético de Alagoinhas e Sport, o Bahia entrou em campo 13 vezes.
Nesse período “pós-virada de chave”, o Tricolor acumula oito triunfos, três empates e duas derrotas.
Contando apenas a Série B, o Esquadrão é o segundo colocado, com 16 pontos ganhos em oito rodadas – cinco triunfos, um empate e duas derrotas.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.