Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Eleito pela primeira vez como presidente do Bahia em 2017 e reeleito em 2020, Guilherme Bellintani tem mandato à frente do Esquadrão até o fim de 2023.
Principal alvo de críticas pela campanha ruim no Brasileiro de 2020 e, principalmente, pelo rebaixamento de 2021, o dirigente conviveu com protestos feitos por torcedores conviveu com uma ameaça de deposição no início de 2022.
Um pedido de abertura de impeachment foi enviado à mesa do Conselho Deliberativo, mas foi negado por nenhum deles atender aos requisitos mínimos estipulados no Estatuto.
Na Assembleia Geral de Sócios, ele falou sobre seu legado na Diretoria Executiva do Esquadrão e destacou a movimentação feita por conselheiros por sua saída como um ‘golpe’.
“Golpismo no Bahia não cabe mais. Posso ter sido o pior presidente, mas não sou ladrão. E tenho que terminar o meu mandato. E o meu maior legado é saber resistir no momento de maior dor. E dói para caramba”, afirmou.
Ele citou ainda que se tivesse renunciado ao cargo de presidente tricolor, o clube poderia se tornar algo como o Vitória, que teve seis presidentes em seis anos.
“Talvez o meu grande legado no Bahia seja não ter renunciado no momento em que eu fui ameaçado, com protesto na parte na frente da minha casa, pessoas dizendo que iriam me matar. Se eu renuncio, o Bahia vira o nosso rival, com todo respeito a eles, que tem seis, sete, oito presidentes em cinco anos. É gestão, mas falta de continuidade da gestão. Quando a gente falha para caramba, não somos bandidos, não somos marginais. Não leva a lugar nenhum um presidente a cada seis meses”.
Por fim, Bellintani afirmou entender as críticas e pedidos da torcida por sua saída, mas pedido de impeachment seria afrontar a democracia do Bahia.
“Eu compreendo a mágoa do torcedor, um ‘fora Bellintani’. Mas, a partir do momento que há ameaça institucional de um pedido de impeachment no Conselho Deliberativo por não termos contratado diretor de futebol, essas pessoas são irresponsáveis. O que querem é tirar momento de fragilidade. E vão acontecer outros para se promover. Tirar um presidente no exercício da sua gestão sem nada é afrontar a democracia”.
Ele completou afirmando não ser um herói, mas garantiu que não é bandido.
“não existem bandidos e heróis na história da democracia do Bahia. Vocês nunca me viram criticar um ex-presidente do clube publicamente. Nunca me viram bater em processos preciosos. Não quero ser herói, mas não sou bandido. Tenho noção exata do que sou: largar atividades profissionais e se dedicar ao clube. Foi escolha minha”, finalizou.
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