Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Jogador com rápida passagem pelo Bahia, em 2017, Régis Souza atualmente tem 34 anos e atualmente está sem clube.
Depois de ter chegado à primeira divisão, atuando por equipes como Bahia e São Paulo, o atleta nos últimos anos acumula diversas passagens por equipes de pouca expressão devido a problemas extracampo, incluindo vício em drogas e álcool.
Ao portal ge.globo, Régis falou de maneira aberta sobre os motivos que fizeram a sua carreira não ter tido a longevidade que poderia em alto nível.
Na entrevista, ele revelou que caiu no alcoolismo e potencializou o uso de drogas ilícitas a partir de 2015, dois anos antes de atuar pelo Bahia, e em 2018 perdeu um contrato com o São Paulo justamente pelo uso de drogas.
“Estava no Red Bull Bragantino (em 2015) recebendo meus vencimentos sem estar jogando. Eu me permiti viver como qualquer outra pessoa. Você tem curiosidade com as coisas e não está preparado para aquilo e vai tomando uma proporção muito grande, infelizmente. Confesso que não foi uma boa escolha, poderia ter tido uma carreira bem mais longa se tivesse me cuidado no extracampo”.
“Comecei a beber demais e aproveitar muito fora de casa. Acabei aprofundando demais com as más companhias e não tinha muitas boas amizades nesse período. Confesso que não foi há muitos anos, foi com 25, 26 anos que tive a primeira experiência. Infelizmente tomou uma proporção grande por ser uma pessoa pública, jogar em times grandes e muitas vezes os clubes para se blindar jogavam para o jogador e diziam não ter nada a ver com isso”.
Após perder a chance que julgava como a maior da sua carreira, no São Paulo, poucos meses após ter atuado pelo Bahia, Régis revela ter entrado em depressão.
“Tudo aconteceu depois que saí do São Paulo. Sempre foi uma projeção de carreira, sempre quis estar lá por tudo que tinha de referência. Fiquei um mês para entender onde estava, tinha feito um campeonato extraordinário e tive propostas de inúmeros clubes grandes, mas o São Paulo era a minha prioridade. Foi muito frustrante a forma como saí, não foi por deficiência técnica, mas por erros causados por mim mesmo. Isso me causou uma depressão, tinha perdido a maior chance da minha vida, então acho que não faz sentido me sacrificar tanto pelo futebol”.
Régis foi contratado pelo Bahia após sucesso pelo São Bento, mas passou longe de repetir o futebol apresentado na equipe paulista com a camisa do Esquadrão.
Pelo Bahia, foram só dois jogos disputados e logo teve seu contrato rescindido. Na ocasião, o clube não citou nenhum caso extracampo como motivo.
No São Bento, entre 2017 e 2018, novamente se destacou e foi contratado pelo São Paulo, onde fez 15 jogos e teve seu contrato suspenso inicialmente. Meses depois, após novos episódios com vício, o vínculo foi rescindido.
Depois do São Paulo, o lateral rodou por 14 clubes em quatro anos, incluindo equipes como União Cacoalense, Fast Clube, Paranoá-DF e Tocantins Miracema. Após jogar pelo São Caetano no início de 2023, atualmente ele disputa torneio de várzea por uma equipe de Sorocaba.
Quer receber notícias do Bahia no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso grupo exclusivo para notícias em TEMPO REAL.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.