A gestão de equipes esportivas sempre representou um desafio de considerável complexidade para os clubes, especialmente no contexto das agremiações futebolísticas brasileiras. Um histórico repleto de equívocos se desenrolou ao longo dos anos, acarretando entraves de natureza estrutural e financeira para muitas agremiações de relevância no cenário nacional. Evidentemente, as administrações que conduziram a esses desastres careciam de um caráter profissional; ao contrário, os gestores ligados ao futebol, nessas ocasiões, frequentemente optavam por tomar decisões fundamentadas em uma abordagem populista e notoriamente ineficaz.
Nas situações em que tal cenário prevaleceu, alguns clubes que detinham uma posição de destaque no panorama do país viram-se confrontados por dificuldades graves, chegando mesmo a ser compelidos a abandonar o convívio da elite do futebol nacional. Não obstante, ao longo do tempo e mediante a disseminação de exemplos negativos, os clubes gradualmente passaram a internalizar a importância subjacente a uma gestão dos recursos alocados ao futebol com um caráter notadamente profissional. É exatamente dentro desse contexto, que surge a Lei da SAF.
A Sociedade Anônima de Futebol permite com que os clubes possam gerir seus recursos de forma semelhante a uma empresa, passando a ter que obedecer uma série de exigências formais, sob o ponto de vista financeiro e operacional. Apesar de ser algo relativamente recente, muitos clubes já aderiram ao modelo de SAF no Brasil, o que gerou uma grande expectativa dos torcedores quanto aos resultados de curto prazo, mas elas nem sempre foram cumpridas. Nesse texto vamos abordar mais a fundo alguns desses temas.
A SAF é a solução mágica para clubes endividados?
Ao considerarmos que a principal origem do endividamento das agremiações decorre de práticas inadequadas de administração financeira, a constatação de que é imperativo promover a profissionalização daqueles encarregados dessa esfera surge quase que imediatamente. No entanto, é válido salientar que a concepção de uma “solução” que ressoa entre os adeptos pode não se alinhar necessariamente com os objetivos perseguidos pelos recém-designados gestores para o clube.
Como todo processo, a estruturação financeira dos clubes também demanda tempo e, nem todas as pessoas do meio do futebol sabem lidar bem com isso. Clubes endividados são mais propensos a aceitar acordos de forma “abrupta”, sem o cuidado prévio que a situação exige. Dessa forma, assim como acontece no mercado empresarial, algumas SAF não irão conseguir produzir os resultados esperados, o que irá contrariar a maior parte de seus torcedores.
Assim sendo, não há uma fórmula pronta e definitiva para resgatar agremiações em débito; nem sempre os acontecimentos se desenrolarão de acordo com as expectativas do torcedor. A tarefa vai muito além de simplesmente injetar fundos na agremiação; é igualmente essencial administrar esses recursos de maneira a abordar as necessidades imediatas que impactam negativamente a liquidez dos clubes.
Apesar de eventuais desafios, o balanço tende a ser positivo para os clubes e para o futebol
Mesmo que haja desafios ainda difíceis de superar, o futebol brasileiro ainda tem muito para aprender com o modelo de clube-empresa. Esse cenário pode proporcionar mudanças consideráveis, não só na gestão dos clubes, mas também pode mudar a consciência dos torcedores, para que eles entendam que o resultado esportivo é somente uma consequência das escolhas que quem comanda o clube.
Dessa maneira, o futebol brasileiro pode crescer ainda mais e se tornar uma potência maior do que já é. Cada vez mais, investidores estrangeiros começam a enxergar um mercado promissor. Desembarcam por aqui grandes empresas de setores diversos, que querem investir no futebol nacional. sites de apostas esportivas e cassino online são um bom exemplo, a esmagadora maioria dos clubes da Série A do Brasil possuem parcerias de patrocínio com as empresas do setor, que é muito forte em popularidade, tanto por oferecer as apostas em futebol, quanto por trazer outros tipos de jogos como roleta e caça-níqueis virtuais.
A lição que se extrai de todo esse contexto é que a instauração de uma administração eficiente exige, invariavelmente, um período de tempo considerável. Até o momento, esse período ainda não se desdobrou plenamente para permitir a avaliação abrangente da maioria das Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) no Brasil. Ainda que muitas delas já tenham contribuído para elevar o padrão das equipes, é prematuro afirmar categoricamente se elas obtiveram êxito ou não. Contudo, a inclinação em direção à profissionalização aponta para efeitos positivos que se avizinham, prometendo vantagens substanciais tanto para as agremiações quanto para o panorama futebolístico como um todo.
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