Paiva diz estar orgulhoso pela atuação do Bahia e vê jogo igual

Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia deu adeus à Copa do Brasil nesta quarta-feira (12) ao ser eliminado pelo Grêmio nas penalidades.

Em entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Renato Paiva se mostrou satisfeito com o desempenho dos seus jogadores em campo e disse que o gol sofrido aconteceu por mérito do adversário e não por erro defensivo.

“Primeiro, dizer que eu tenho um orgulho extraordinário por esses jogadores. Fizemos um jogo de grande qualidade em um estádio muito difícil, contra uma equipe que está na vice-liderança do Brasileiro, que tem uma forma de atacar muito variada e muito difícil de contrariar. Sabíamos que iriamos sofrer em termos defensivos, de fato, e nem sempre são erros da nossa parte. Às vezes há méritos do adversário e há méritos nesse caso. É um cruzamento para trás”.

Na opinião do treinador português, o Bahia fez um jogo de igual para igual na Arena do Grêmio.

“Estivemos bem em grande parte do jogo e ofensivamente foi a parte que mais me orgulho. Foi uma equipe que nunca se escondeu, que sempre teve a bola e sempre ameaçou o gol adversário. Fomos uma equipe com personalidade, com caráter e consciente das nossas limitações, sabendo contra quem jogava e em quais condições, mas os jogadores fizeram um jogo extraordinário”.

‘Detalhes’ decisivos para a eliminação

“Nos detalhes, novamente, acabamos por não ganhar, mas saímos dessa Copa do Brasil sem nenhuma derrota, com uma trajetória muito boa para um elenco praticamente novo. Para quem esperava aqui um massacre… Em alguns momentos, há domínio do Grêmio, o que é normal, porque joga em casa, é uma grande equipe, em especial no ataque, mas esse ataque não existiu. Equilibramos o jogo, criamos nossas oportunidades, acabamos novamente nos detalhes não passar nessa eliminatória, mas eu reitero que tenho um orgulho extraordinário nesse grupo de jogadores”.

O técnico foi questionado sobre a sucessão de gols sofridos em lances que começam pelo lado direito da defesa do Bahia, com os pontas adversários levando vantagem.

“Obviamente que as equipes tem formas de jogar e outras com formas de defender. Há uma jogada em 1×1 em que se leva a melhor contra o Cicinho, mas o Ademir também levou a melhor em alguns momentos contra laterais do Grêmio, o Cauly a mesma coisa. Há um desequilíbrio após o 1×1 e um cruzamento para trás. O Nico (Acevedo) se atrasa um pouco, mas fez um jogo fantástico. Muitas vezes têm méritos dos adversários, como tiveram em outros gols. Chegar aqui na Arena do Grêmio e sofrer só um gol, contra o peso dessa equipe, e criar oportunidades de gol, mas que não concretizamos. É um jogo dividido, as qualidades individuais às vezes caem para um lado ou para outro. Não vou me agarrar a isso. Sabemos que o Grêmio é muito forte por dentro. Fechamos dentro e demos espaço fora, a partir daí houve o desequilíbrio. É o jogo”.

Substituições no segundo tempo

“Sentimos que o Kayky já não defendia, nem o Ademir. Não queria tirar os dois para não ser muito defensivo. Priorizei por ficar com Ademir por ser mais vertical. Coloquei o Mugni naquele lado para ajudar o Cicinho. Depois, colocamos uma linha de três zagueiros com Rezende atrás. Em nenhum momento fomos massacrados ofensivamente pelo Grêmio”.

Equipe soube se defender

“Os momentos em que o Grêmio teve a bola, nós soubemos defender, com exceção do gol. Mas nós também tivemos a capacidade de responder e colocar bolas na trave. Entendo que é um grande resultado da nossa equipe dividir o jogo com o Grêmio aqui, na minha opinião. Portanto, os detalhes seguem nos penalizando. É verdade que contra o Santos fomos nós a sorrir nos pênaltis. Tivemos até a vantagem quando o jogador do Grêmio errou antes. Paciência.