O Bahia voltou a tropeçar e chegou ao sétimo jogo seguido sem vencer na Série A, perdendo mais uma oportunidade de entrar na zona de classificação para a Libertadores.
Em entrevista após mais um tropeço dentro de casa, com vaias da torcida, o técnico Rogério Ceni voltou a afirmar que o Bahia fez um ‘jogo muito bom’.
Agora, com sete jogos consecutivos sem vencer, Ceni admite que a situação é desconfortável.
“Não me sinto nunca confortável e ninguém nunca pode se sentir confortável, apesar de jogar bem, e eu acho que o time jogou muito bem hoje de novo, assim como contra o Palmeiras, não vencer os jogos é sempre desconfortável. Não é nem pelo cenário de estar aqui ou não. Se no interior você está confortável não fazendo resultados, alguma coisa tem de errado com você. Então, não é confortável para nenhum de nós”.
Sobre as chances criadas pelo Bahia – com 25 finalizações no jogo –, Ceni lamenta mais uma vez as oportunidades desperdiçadas.
“Criamos todas as chances hoje, assim como contra o Palmeiras, dominamos mais um jogo, mas fica em um ponto que o time produziu nesses dois jogos para fazer seis pontos e infelizmente perdeu um e empatou hoje. O que temos que fazer é tentar continuar criando mais, finalizando mais que o adversário. Agora é tentar vencer o Cuiabá, que é o que nos resta para tentar se manter na briga pelo objetivo que nós temos”
Ceni explica substituições para tentar virar o jogo
Aos 24 minutos do segundo tempo, Ceni arriscou todas as suas fichas ao tirar Gilberto de campo e colocar mais um atacante, Biel, ampliando o leque de opções setor ofensivo.
Na opinião do técnico tricolor, era necessário correr esse risco para tentar virar um jogo que naquele momento tinha o CAP em vantagem.
“Na saída de Gilberto, ficamos com Ademir e Biel abertos e três homens de meio. Perdíamos o jogo naquele momento, preferimos defender com três homens, com Gabriel Xavier cobrindo o lado direito. O Athletico já não atacava mais tanto e nós precisávamos correr esse risco para ter dois pontas e dois homens de área, com três no meio construindo. Ademir cansou, tentamos o Tiago. Foi suficiente para o empate, mas não foi para virar. Era um risco que a gente tinha que correr”.
Ceni também explicou o motivo de ter tirado Cauly da partida com apenas 14 minutos do segundo tempo.
“Thaciano sentiu um incômodo, Cauly começa o jogo e ajudou muito. Mas chegou um momento em que precisávamos ter peso na área. Lucho não é um jogador alto e era necessário ter Everaldo, o nosso único jogador alto, porque criávamos muito pelos lados, e precisávamos ter dois jogadores de área para tentar virar o jogo. Everaldo era o jogador que dava mais peso na área, apesar de que o Cauly vinha fazendo bom jogo”.
O próximo jogo do Bahia será contra o Cuiabá, fora de casa, no sábado (30).
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