Começa a sair do papel o plano de implementação do Fair Play financeiro no futebol brasileiro, com o início dos debates entre os representantes de clubes que fazem parte da Comissão Nacional.
Em reunião na sede da CBF, representantes de Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras se reuniram – eles representaram a Comissão Nacional de Clubes –, se reuniram para o primeiro debate acerca do tema.
Haverá uma reunião de forma semanal na sede da CBF para tratar de temas como calendário, arbitragem e a própria possibilidade de implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro.
Fair Play financeiro no Brasil é assunto antigo, mas ganhou evidência em 2024
Apesar de sido trazido à tona especialmente por John Textor, dono da SAF do Botafogo, e pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, o fair play financeiro já é uma possibilidade no país há vários anos.
Segundo o ge.globo, um modelo foi desenhado e entregue para a CBF, pelo economista Cesar Grafietti, mas o projeto nunca foi tirado do papel.
Em 2024, o tema entrou em evidência principalmente por falas do próprio Textor e pela atuação do seu clube no mercado.
Clubes cariocas brigam publicamente; e já sobrou até para o Bahia
O Botafogo quebrou o recorde de compra mais cara da história do futebol brasileiro duas vezes somente neste ano.
No começo do ano, a equipe botafoguense pagou R$ 107 milhões por Luiz Henrique. E recentemente, comprou Thiago Almada por R$ 137 milhões – sendo que este já tem previsão de se mudar para o Lyon, que também é de John Textor.
Em meio a aquisições recordes, o próprio Textor se referiu ao Bahia ao falar que é preciso ter fair play financeiro no país ou o Esquadrão “ganhará 20 títulos brasileiros consecutivos”.
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Tem havido também divergências entre o norte-americano os presidentes do Flamengo e do Vasco, Pedrinho, com críticas de um lado a outro.
“Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro”, escreveu Landim, do Flamengo, em um grupo de WhatsApp.
Em resposta, Textor afirma que o Botafogo estaria dentro do que manda as regras de fair play financeiro.
“Nós estamos agindo de acordo com o fair play financeiro. Estamos gastando 45% da nossa receita em salários. O restante é em ativos, que vão crescer em valor. As pessoas estão ofendidas que o Botafogo está voltando”, disse Textor.
Mesmo tendo sido citado nominalmente pelo dono da SAF do Botafogo, o Bahia, seguindo a metodologia do Grupo City, opta por se preservar e não deu nenhum tipo de resposta pública.
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