A temporada de 2023 foi chamada de “ano zero” pela nova diretoria do Bahia SAF, por representar o início do projeto de futebol do Grupo City no clube, passando por uma enorme reformulação nos mais variados setores da agremiação esportiva tricolor, incluindo criação de novos cargos, aumento na quantidade de funcionários e investimentos jamais vistos antes no time profissional.
No blog Negócios do Esporte, do ge.globo, o jornalista especializado em finanças esportivas, Rodrigo Capelo, está divulgando a análise anual das contas dos clubes brasileiros, com a consultoria do economista Cesar Grafietti.
Em relação ao ano de 2022, o Bahia registrou um enorme aumento de receitas que foram provenientes das cotas de TV da Série A e dos torcedores, através do programa de sócios-torcedores e bilheteria – vale lembrar que o Esquadrão vem tendo uma das quatro maiores médias de público do país, impactando positivamente nas finanças.
Principais receitas e gastos do Bahia em 2023
Em 2022, o Bahia recebido apenas R$ 22,6 milhões pelas cotas de TV da Série B. O valor subiu para R$ 76,5 milhões na primeira divisão.
Já quanto a bilheteria e sócios, o estudo mostra que o Bahia subiu de R$ 18,9 milhões para R$ 49,2 milhões em receitas de 2022 para 2023.
Já entre os maiores gastos estão as despesas com pessoal, que nesse ponto estão incluídos salários, encargos trabalhistas e os direitos de imagem.
Em relação aos anos anteriores, essa conta quase dobrou. Em 2021 e em 2022, o clube gastou cerca de R$ 105 milhões.
Em 2023, a despesa total nesse ponto foi de R$ 181,9 milhões.
Geração de caixa e investimentos do Bahia em 2023
Conforme já havia inclusive sido divulgado pelo próprio clube, foi registrado saldo negativo no que diz respeito à geração de caixa em 2023, o que já era esperado para um ano de reestruturação e início de novo projeto com o Grupo City à frente.
Foram investidos R$ 160 milhões em contratações e R$ 1,5 milhão em infraestrutura.
O EBITDA, que é a diferença entre receitas e custos, foi um negativo de R$ 20 milhões em 2023.
“Como houve um grande investimento na compra de direitos de novos jogadores, o aporte de recursos por parte dos novos proprietários foi obrigatório. À medida que a SAF gerar novas receitas e passar a ter um EBITDA positivo, também com menor necessidade de qualificar o elenco em prazo tão curto, espera-se que esses números sejam equacionados”, explica Rodrigo Capelo.
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