O triunfo do Bahia por 2 a 1 sobre o Vasco rendeu reclamações por parte da equipe vascaína quanto à arbitragem comandada pelo paulista João Vitor Gobi e da árbitra de vídeo Daiane Muniz, também paulista e do quadro da FIFA, pela expulsão do atacante David.
No dia após a partida, a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou o áudio do contato entre os árbitros no momento da expulsão.
Durante a conversa, realizada pelo equipamento de comunicação, o árbitro de campo afirma ter visto o braço do atacante David atingir o rosto do lateral tricolor Gilberto. Em resposta, a árbitra de vídeo, que revia o replay do lance, confirmou que também viu o ato temerário passível de cartão amarelo e – portanto –, segundo amarelo com vermelho.
Conversa entre o árbitro e a VAR da partida entre Bahia x Vasco, publicada pelo ge.globo:
- João Vitor Gobi (árbitro): – Braço no rosto, braço no rosto.
- Daiane Muniz (VAR): – Ok, eu já vi que a mão atinge o rosto adversário.
- Gobi: – Proteção, mas não pode deixar no rosto. Não, não, não. Ele abaixou, mas tem o braço, velho. Tem uma ação, é temeridade.
- Daiane: – É muito claro para mim, o jogador do Vasco atinge o rosto do adversário com mão aberta e intensidade média.
- Gobi: – Tem o braço, velho. Braço temerário.
- Daiane: – Portanto eu confirmo o segundo amarelo e o vermelho.
- Moura: – Adriano (de Assis Miranda, assistente 2) concorda.
- Daiane: – Gobi, confirmado, tá? Segundo cartão amarelo e o vermelho.
Comentarista de arbitragem discorda da expulsão de David
Por sua vez, o comentarista de arbitragem da TV Globo, PC Oliveira, afirmou que o lance não deveria ter resultado em cartão amarelo.
Para o ex-árbitro paulista, o movimento do braço do atacante vascaíno foi normal.
“O árbitro é orientado a aplicar o cartão amarelo para o uso indevido do braço quando o jogador infrator desconsidera o risco ou a consequência para o adversário e o atinge no rosto ou na cabeça. O movimento do braço do David na disputa com o Gilberto foi normal. Sendo assim, o segundo cartão amarelo e consequentemente o cartão vermelho, na minha interpretação, foram mal aplicados”.
VAR não poderia interferir na decisão
Outro fato reclamado pelo Vasco é de que a arbitragem de VAR não poderia ter interferido na decisão de campo, já que o árbitro de vídeo não pode atuar em casos de segundo cartão amarelo.
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