A paralisação do Campeonato Brasileiro oficialmente acaba nesta segunda-feira (27), quando os 20 clubes da Série A se reúnem com a CBF em uma reunião do Conselho Técnico, na sede da entidade que comanda o futebol brasileiro.
Após a suspensão total de duas rodadas, a Série A tem previsão de retomada no próximo fim de semana. No entanto, a expectativa nesta segunda-feira é de uma reunião tensa, conforme publica o GLOBO, uma vez que as pautas dos clubes se tornaram mais individuais.
Sem união mesmo após a formação de ligas independentes de clubes, cada agremiação tem suas próprias preocupações e buscam soluções que lhe representem.
Remarcação de jogos adiados na Série A e manutenção do calendário de 2024
Como exemplo, os clubes que possuem jogadores convocados para seleções vão requerer que seus jogos adiados não sejam remarcados para o meio de datas FIFA – o que para a CBF é inviável.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enfatizou a busca por soluções que possam ser conciliadas dentro do próprio calendário de 2024.
“A CBF vai propor soluções que possam ser conciliadas dentro do próprio calendário de 2024, buscando a melhor condição possível para que os clubes se sintam confortáveis. O propósito é que a competição termine dia 8 de dezembro. Mas não vai ser nada de forma ditatorial. A gente sempre pautou por discutir exaustivamente todos os pontos que sejam importantes para o futebol brasileiro”, diz o presidente da CBF sobre a Série A.
Além disso, a CBF lembra aos clubes que a remarcação das partidas impactaria nos contratos dos atletas e no já apertado calendário de 2025, que incluirá o novo Mundial de Clubes. Além disso, há acordos comerciais a serem considerados.
Gaúchos vão expor prejuízo técnico
Enquanto isso, o trio gaúcho (Grêmio, Internacional e Juventude) tem suas próprias preocupações – e que são as maiores.
Eles entendem que o tempo parados enquanto os demais clubes treinavam e jogavam resultará em prejuízo técnico.
O pedido para não haver rebaixamento neste ano está em discussão, mas a CBF resiste a essa possibilidade, uma vez que rebaixamentos são determinados por leis e regulamentos.
“Rebaixamentos são leis, e a CBF cumpre integralmente as leis, os regulamentos. A FIFA, seu estatuto, determina que as competições sejam de acesso e descenso. Na Conmebol também, na Lei Pelé, Lei Geral do Esporte, estatuto da CBF. Portanto, é um ponto sobre o qual que não passa pela CBF nenhuma proposição”, explica Ednaldo Rodrigues.
Dificuldades financeiras dos gaúchos também entra na pauta
No aspecto financeiro, a dupla Gre-Nal, que se mudou para São Paulo, enfrenta gastos adicionais com hospedagem e diárias, além de mais viagens por não poderem utilizar seus estádios.
A busca por ajuda para cobrir esses custos será um dos temas discutidos no Conselho Técnico.
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