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Bahia SAF completa um ano com novo patamar financeiro e aumento de expectativas

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História
Publicada em 4 de maio de 2024 às 12:40 por Victor de Freitas
Bahia SAF completa um ano com mudanças históricas em sua estrutura, gestão e finanças e aumenta esperança da torcida por conquistas em campo
CT Evaristo de Macedo - Bahia Grupo City
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O dia 4 de maio de 2023 oficializou a transformação do Esporte Clube Bahia. Apesar de o Grupo City ter iniciado os trabalhos já em dezembro de 2022, foi nessa data que ocorreu o ‘closing’, a conclusão da transição, com a repartição do futebol tricolor em Bahia SAF.

Exatamente um ano depois, o Esquadrão de Aço vive grandes mudanças dentro e fora de campo. Além da parte esportiva, com um elenco reforçado, o clube passa por importantes transformações em sua estrutura de gestão.

Bahia quase sem dívidas e com credibilidade no mercado

A SAF já trouxe frutos imediatos nas finanças, com a redução de 86% da dívida total do Bahia, aumentando consideravelmente a credibilidade do clube no mercado e dando o pontapé inicial para um futuro promissor dentro das quatro linhas.

Um dos pontos que mais dificultavam a vida financeira tricolor, os R$ 300 milhões em dívidas foram reduzidos a R$ 42 milhões em menos de um ano de SAF. O Acórdão, firmado com a Justiça do Trabalho, quitou completamente a dívida trabalhista que em muitos momentos rendeu manchetes na imprensa sob o ponto de vista negativo.

A SAF pretende quitar o restante da dívida até 2025 – sendo que, por contrato, o Grupo City havia se comprometido em pagar os débitos do clube em até três anos. Ou seja, está um passo à frente do que prometeu nesse aspecto.

Contabilizando as temporadas de 2023 e 2024, são R$ 170 milhões investidos em contratações de jogadores renomados e disputados no mercado.

Bahia x times do Sul e Sudeste: contratações de peso em 2024

Os destaques ficam para as chegadas de atletas como Jean Lucas, Caio Alexandre e Everton Ribeiro, neste ano, atletas que eram alvos declarados de clubes como Internacional, Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro.

Todos preferiram o Bahia e o projeto apresentado pelo Grupo City.

Everton Ribeiro, por exemplo, já possui inclusive um projeto pós-carreira com o CFG no Brasil. Sua vinda ao Bahia vai além das quatro linhas.

“Também foi muito interessante a proposta pro Everton de, assim que acabar o contrato, trabalhar como embaixador do Grupo City ou outro cargo. Acho que foi interessante nesse sentido. Acabou que o Everton escolheu o projeto do Bahia”, disse o empresário Carlos Eduardo Baptista, em janeiro.

Há mudança significativa também na prospecção de jogadores. O Bahia já utiliza todas as ferramentas do Grupo City no que diz respeito à análise de jogadores, o que auxilia na busca por reforços.

Nesse caso, Cauly é o grande destaque. Partiu da equipe de scouting trazida pelo Grupo City o nome do meia, que agradou à diretoria de futebol do Bahia, comandada por Carlos Santoro, que o adquiriu por R$ 14,2 milhões.

“Eu tenho que valorizar muito a minha equipe de scouting que o identificou jogando no Ludogorets (Bulgária). Ao olhar a pouquíssima movimentação de jogadores que vêm de lá, deve ser valorizado”, disse Cadu Santoro.

Em menos de um ano, o camisa 8 foi alvo de ofertas que superaram a casa dos R$ 30 milhões.

Ou seja, uma valorização de mais de 100% no que diz respeito ao valor pago pelo jogador, confirmando o sucesso da “aposta” e o aumento da credibilidade do clube no mercado.

Por fim, Cauly foi um alvo real do Palmeiras, mas, no fim das contas, aceitou uma proposta de ampliação de contrato com o Bahia, reafirmando seu comprometimento com o projeto.

Erros de avaliação

Houve também erros no mercado. Jhoanner Chávez custou R$ 18 milhões e é o terceiro jogador mais caro da história do clube, mas já é visto como um erro de avaliação. Da mesma forma, Vitor Hugo, que não rendeu o esperado.

Os dois estão na Europa emprestados com opção de compra por parte dos seus times.

Renato Paiva, por sua vez, foi uma aposta ousada feita pelo Grupo City e que passou bem longe do efeito esperado.

Sua saída, mesmo que por opção do treinador, foi “corrigida” com a vinda de um treinador com experiência no futebol brasileiro e, ao mesmo tempo, que vive uma fase emergente na carreira, Rogério Ceni.

Em campo, presente ainda é oscilante, mas expectativa é de títulos

O projeto é declaradamente de longo prazo. Para o técnico Rogério Ceni, em dezembro, o Bahia lutará para ser campeão brasileiro e da Libertadores em até dez anos.

Em campo, a oscilação foi a marca do Bahia em 2023 e ainda tem sido em 2024, com o título estadual perdido mesmo após contratações de peso.

“A sensação que tenho é que ainda estamos vendo apenas o primeiro capítulo dessa história do City no Bahia. Mas, às vezes, queremos pular páginas e antecipar o fim do livro. (…) A altíssima oscilação do desempenho ao longo desses 12 meses foi o mais marcante neste início de projeto”, diz o comentarista do Grupo Globo, Cabral Neto, ao ge.globo.

Já para o jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, o Bahia já pode sonhar com um título nacional em 2024, no caso a Copa do Brasil.

A hora de o Bahia sonhar com o título da Copa do Brasil. (…) O desafio está posto: ganhar a Copa do Brasil é possível”, diz o jornalista sobre o Esquadrão de Aço.

Novos profissionais para a base com histórico de sucesso

O Bahia contratou simplesmente sete profissionais que tiveram sucesso em Xerém, na divisão de base do Fluminense, além de também ter investido em um treinador bem sucedido na base do Palmeiras.

Como destacado anteriormente, os investimentos em prospecção também aumentaram, já que o clube agora tem 18 olheiros e antes só tinha quatro.

Toda a estrutura de profissionais das divisões de base foi reformulada, sendo que não houve redução em nenhum setor. Pelo contrário, houve a criação de novos setores, com novos cargos que visam complementar o desenvolvimento de jovens talentos, com o objetivo de se tornar a melhor base do Brasil até 2033.

O novo departamento de Saúde e Performance, por exemplo, é uma das grandes mudanças que foram implementadas pela SAF desde 2023.

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