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Bora, Bahêa! Esquadrão completa 92 anos iniciando uma nova era

Notícia
História
Publicada em 1 de janeiro de 2023 às 01:21 por Victor de Freitas

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Fonte: ecbahia.com

Neste 1º de janeiro de 2023, o Bahia completa 92 anos, com uma história repleta de muitas alegrias, emoções, conquistas e vivendo o início de uma nova era!

Fundado no primeiro dia do ano de 1931, o Esporte Clube Bahia coleciona títulos regionais e nacionais que dão orgulho ao povo baiano. Único clube do estado a levantar troféus brasileiros, o Tricolor leva consigo uma multidão de apaixonados que aumenta a cada ano.

O ano de 2022 do Bahia foi marcado por momentos absolutamente distintos. Foi iniciado após a queda para segunda divisão, teve eliminações vexatórias em torneios regionais, mas termina com um acesso à Série A e a chegada do Grupo City.

Na Série B, o Bahia caminhou dentro do G-4 durante toda a competição e confirmou o acesso. Além de retornar ao degrau mais alto do Campeonato Brasileiro, com o acesso à primeira divisão, o Esquadrão também sobe de patamar no quesito administrativo.

Para o novo ano que se inicia, desejamos conquistas do tamanho do Esporte Clube Bahia.

Cobraremos que a nova gestão do futebol respeite a história de triunfos do Esporte Clube Bahia e torceremos todos juntos por novas conquistas para nossa sala de troféus.

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“O Bahia não é um time, é uma religião”

Durante toda a sua história, a tradição e o respeito no cenário nacional foram sendo conquistados com muito suor e vibração, dando ao Bahia uma torcida apaixonada – a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil.

Em 2007, fomos campeões brasileiros no quesito torcida: média de mais de 40 mil tricolores por jogo. Já em 2010, foram diversos jogos com lotação completa. Em 19 partidas do Brasileirão da Série B, colocamos uma média de 18.654 torcedores por jogo. Entre 2014 e 2016, o número de torcedores sofreu uma queda devido aos maus resultados.

Nos três anos antes da pandemia, a média de público voltou a subir. Em 2019, foram mais de 26 mil tricolores em cada um dos jogos do Campeonato Brasileiro.

Em 2021, com a volta da torcida ao estádio, o Esquadrão ficou entre as sete maiores médias de público do ano: mais de 18 mil fanáticos pelo Bahia.

Em 2022, mesmo na Série B, o Esquadrão teve a sexta maior média de público do Brasil: 31.013 apaixonados por jogo na Série B.

“Nascido para vencer”

Nessas mais de nove décadas, muitos ídolos apareceram; desde Gia, passando por Marito, Roberto Rebouças, Sanfillipo, Nadinho, Biriba, Douglas, Baiaco, Jésum, Beijoca, Osni, Bobô, Charles, Marcelo Ramos, Uéslei, Nonato e outros incontáveis craques…

Logo em seu primeiro ano, o Tricolor, do mascote “Homem de Aço”, venceu o estadual e foi apelidado de “Nascido Para Vencer”.

As décadas passavam e os títulos só faziam aumentar. Houve inúmeras partidas inesquecíveis, como o 5 a 0 sobre o Santa Cruz (em 1981), o empate heroico na final do Baianão de 1994 – 1 a 1 – diante do Vitória e o grande triunfo nos acréscimos contra o Fast Clube de Manaus em 2007.

Supremacia, isso é o que temos contra o nosso rival.

Para se ter uma pequena noção, dos mais de 440 BA-Vis disputados, o Bahia tem uma vantagem de cerca de 45 jogos e 100 gols de saldo.

Até de 10 a 1 o Tricolor já venceu.

Incrível, como o heptacampeonato baiano. De 1973 a 79 só deu Bahia, sendo que o único título estadual que não ganhamos na década de 70 foi em 1972.

Único nordestino bicampeão brasileiro

A primeira grande glória do clube aconteceu em 59. “Bahia, primeiro Campeão Brasileiro de todos os tempos”, escreveu O Globo. Para felicidade da Nação Tricolor, a Confederação Brasileira de Futebol, em cerimônia realizada este ano, reconheceu oficialmente este título como Campeonato Brasileiro. Com este reconhecimento, nos credibilizamos e nos tornamos o primeiro clube Campeão Brasileiro de Futebol.

Um título único, inédito, de importância sem igual. Uma odisseia fantástica de um time desacreditado no começo da jornada; vitorioso inconteste no templo do futebol, o Maracanã, contra o Santos de Pelé, maior time do mundo de todos os tempos, com o Rei do Futebol que acabara de nos deixar.

Consequentemente, o Esquadrão de Aço foi o primeiro a disputar a Taça Libertadores, competição na qual voltaria em outras duas oportunidades.

A outra conquista grandiosa foi em 1988, quando, pela segunda vez, nos tornamos campeões brasileiros. Sob o comando de Evaristo de Macedo, o Bahia empatou com o “favorito” Internacional, em pleno Beira-Rio, e conseguiu mais uma estrela para a camisa, no campeonato cujas finais ocorreram no começo de 89.

Foi também ano do recorde de público da Fonte Nova, a casa do Bahia, quando recebeu 110.438 pagantes na semifinal que o Tricolor eliminou o Fluminense: 2 a 1.

Depois da conquista, Carnaval na cidade. “Não era feriado nem dia santo, mas, naquele 22 de fevereiro, Salvador parou. Todo mundo sabe quando a festa começou, mas ninguém lembra quando ela acabou…”

Segundo Luís Fernando Veríssimo – colorado assumido – para o Jornal do Brasil: “O Internacional perdeu para um time melhor. Ponto.”

Enquanto isso, Juca Kfouri, então na Revista Placar, escreveu: “O Bahia não é simplesmente o único clube nordestino campeão brasileiro. O Bahia agora tem um título que nem Corinthians, nem Santos, nem Botafogo, nem Cruzeiro possuem – para ficar apenas entre os maiores do nosso futebol, integrantes do Clube dos Treze. O Bahia não é um campeão qualquer. É o campeão. (…) Campeão porque nas fases finais fez tudo o que se exige de um time vencedor. E campeão porque talvez nenhuma outra legião de seguidores mereça há tanto tempo esse título. A nação tricolor fez da paixão pelo Bahia uma profissão de fé que transforma a Fonte Nova no templo mais carinhoso do futebol brasileiro…”

Intervenção, democracia e era Bellintani

Após a intervenção, o Bahia iniciou uma democracia, com o voto popular finalmente sendo o único fator preponderante para a escolha dos gestores do clube.

A retomada do prestígio do clube foi iniciada sob o comando do então presidente Marcelo Sant’Ana, aliado a nomes Pedro Henriques, Vitor Ferraz, Marcelo Barros, entre outros. O clube “entrou no eixo” administrativamente, buscando acabar com o desprestígio causado por dívidas antigas.

Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz foram eleitos em 2017 e reeleitos em 2020, com grande vantagem em relação às chapas concorrentes. Foi a primeira e até então, única, reeleição democrática da história tricolor.

O objetivo foi de fazer um ano de 2020 melhor. Mas, ficou longe de conseguir essa meta. Pelo contrário, a temporada de 2021 foi ainda pior.

Após fugir do rebaixamento nos últimos jogos de 2020, o Bahia não conseguiu permanecer na primeira divisão, sendo rebaixado justamente no primeiro ano da gestão reeleita.

O rebaixamento foi sofrido devido a uma sucessão de erros, que já vinha de temporadas anteriores, mas que foram ainda maiores em 2021. Houve falhas desde a escolha dos profissionais para o trabalho na gestão de futebol até a formação do elenco.

Em 2022, no segundo ano da chapa Bellintani e Ferraz, houve resultados dentro de campo que não agradaram a ninguém no primeiro trimestre, mas, os grandes objetivos da temporada foram alcançados: o acesso à primeira divisão e a aprovação da proposta de SAF do Bahia.

Nova era do Bahia com o Grupo City se inicia em 2023

Antes de mais nada, uma completa reformulação nos pensamentos dos gestores do clube, sobretudo na montagem do elenco de 2023, já foi iniciada, o que é altamente satisfatório para quem passou por anos de tropeços e falhas no futebol.

Após a aprovação da proposta de SAF feita pelo Grupo City, tem sido feita a transição com auxílio da Diretoria Executiva, ainda com Guilherme Bellintani tendo a assinatura final – mesmo sem tecer opiniões quando às decisões.

Com isso, o novo patamar do Bahia já tem sido visto no destaque obtido no mercado, ganhando concorrência com clubes das regiões sul e sudeste, diferentemente de outros tempos.

É claro que a administração não entra em campo, mas já faz uma enorme diferença por montar uma estrutura forte de trabalho em todos os departamentos do futebol tricolor, sempre com o foco em elevar o nível dos atletas em campo, bem como exercendo uma blindagem maior para que a comissão técnica possa exercer o seu trabalho.

O ano de 2023 será marcado pelo início uma nova era. E que os resultados em campo atendam às grandes expectativas e esperanças da nação tricolor.

Que em 2023 façamos valer nosso hino:

“Mais um! Mais um, Bahia! Mais um, mais um título de glória! Mais um! Mais um, Bahia! É assim que se resume a sua história!”

Parabéns, Esporte Clube Bahia, pelos seus 92 anos! BBMP!

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