Rumo à Libetadores! Nesta tarde de domingo em Teresina, o Esquadrão de Aço venceu o Vasco da Gama por 1 a 0 e acabou conseguindo se classificar para as Quartas-de-final da Copa dos Campeões.
No entanto, é muito cedo para qualquer otimismo exacerbado. O estádio Albertão assistiu uma partida muito ruim, tanto tecnicamente quanto em emoções. Sobrou para os torcedores, em sua maioria de vascaínos, que vaiaram merecidamente ambas as equipes.
O primeiro tempo foi melancólico, quiçá irritante. Todos os jogadores – sem exceção alguma – erraram bastante passes, proporcionando um péssimo espetáculo, que teve seu climax numa queda bizonha do meia alvinegro Ramón, ao tentar cobrar uma falta. O lance inusitado arrancou risos do público.
Houve somente uma oportunidade real de gol, e foi a favor do Tricolor. Logo aos 3 minutos, Mantena, pela direita, deixou Nonato na cara do goleiro Hélton, tocando por cima da zaga carioca. Em posição legal, o atacante desperdiçou uma excelente chance, chutando fraco, nas pernas do arqueiro.
A partir daí, o jogo foi acontecendo literalmente aos “trancos e barrancos”. O Vasco, menos medíocre que o Bahia no momento, criou uma boa jogada, num cruzamento rasteiro pela direita, mas que o atacante alvinegro chegou atrasado na hora da conclusão.
Na volta do intervalo, existiu pelo menos a certeza de que não daria para o embate ficar ainda pior. Felizmente, foi isso que ocorreu.
A primeira emoção do tempo regulamentar foi aos 6 minutos, quando Robson, pela direita, invadiu a área, foi derrubado e ficou pedindo pênalti. Todavia, o gaúcho Carlos Eugênio Simon simplesmente o ignorou.
Um minuto depois, o Bicampeão do Nordeste chegou com perigo mais uma vez. Gil Baiano entrou em velocidade e rolou para Nonato, que se atrapalhou na hora da finalização.
Aos 16, o técnico Bobô resolveu trocar Gil Baiano por Janílson. Em seguida, aos 25, Robson saiu para a entrada de Ney Fabiano.
O tempo foi passando e as chances iam aparecendo. O time da Cruz de Malta quase marcou num lance de indecisão entre Emerson e Selmo Lima. Em seguida, após Nonato realizar um chute que chegou sem assustar Hélton, por pouco o próprio atacante não balançou as redes, numa jogada em que Bebeto o lançou e ele tentou encobrir o goleiro vascaíno.
Aos 33 minutos, Janílson fez um grande lançamento para Ney Fabiano, que foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Nonato. O artilheiro não perdoou, assinalando o tento da classificação tricolor na competição.
Desesperados, os cariocas partiram para cima desordenadamente. A oportunidade mais clara do Alvinegro surgiu depois de um cruzamento em que Emerson saiu muito mal, mas os vascaínos não aproveitaram o gol vazio.
Aliás, quem aproveitou este nervosismo foi o Esquadrão de Aço, que poderia ter dilatado o placar.
Aos 42, pela terceira vez consecutiva no torneio, a arbitragem prejudicou o Bahia. Bebeto recebeu livre na intermediária, seguiu com a bola até a entrada da área, e rolou para Nonato fechar de vez o caixão do Vasco. Equivocadamente, o juiz marcou impedimento, “sem perceber” que o atacante estava atrás da linha da bola no momento do passe.
Em seguida, Ney Fabiano perdeu um “gol feito”, já nos acréscimos, quando desarmou no meio-de-campo, tocou para Nonato que devolveu para ele invadir a área, livre. Entretanto, chutou à esquerda de Hélton. Dudu ainda substituiu Nonato, porém não deu tempo para mais nada.
Agora, o Tricolor espera a definição dos outros jogos da rodada para saber sua posição final no grupo D, e qual será seu adversário na próxima fase.
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