No primeiro dia de 2003, o Esporte Clube Bahia celebra mais um ano de vida. O clube foi fundado em 1º de janeiro de 1931 e de lá para cá a maioria quase absoluta da torcida baiana tem muito do que se orgulhar. Na história tricolor, um misto de felicidade, devoção, garra, conquistas e sofrimento.
Durante esses anos, a tradição e o respeito no cenário nacional foram sendo conquistados com muito suor e vibração, dando ao Bahia uma torcida apaixonada; a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil. Muitos ídolos apareceram; desde Gia, passando por Marito, Roberto Rebouças, Sanfillipo, Douglas, Jesum, Bobô até Uéslei e Emerson.
Logo em seu primeiro ano, o Tricolor, do mascote Homem de Aço, venceu o estadual e foi apelidado de “Nascido Para Vencer”. As décadas passavam e os titulos só faziam aumentar. Houve inúmeras partidas inesquecíveis, como o 5 a 0 sobre o Santa Cruz (em 1981) e o empate heróico na final do Baianão de 1994 – 1 a 1 – diante do Vitória-BA.
Aliás, para se ter uma pequena noção da supremacia do Tricolor sobre o seu arqui-rival, dos quase 400 BA-Vis disputados, o Esquadrão tem uma vantagem de cerca de 50 jogos e 120 gols de saldo. Até de 10 a 1 o Bahia já venceu. Incrível, como o heptacampeonato baiano.
(de 73 a 79, só deu Bahia, aliás, o único título baiano não tricolor da década de 70 foi em 1972)
A primeira grande glória do clube aconteceu em 1959. “Bahia, primeiro Campeão Brasileiro de todos os tempos”, escreveu O Globo.
– Um título único, inédito, de importância sem igual. Uma odisséia fantástica de um time desacreditado no começo da jornada; vitorioso inconteste no templo do futebol, o Maracanã, contra o Santos de Pelé, maior time do mundo de todos os tempos.
* Consequentemente, o Tricolor foi o primeiro a disputar a Taça Libertadores, competição na qual voltaria em outras quatro oportunidades.
A outra conquista grandiosa foi em 1988, quando, pela segunda vez, nos tornamos campeões brasileiros. Sob o comando de Evaristo de Macedo, o Bahia empatou com o “favorito” Internacional, em pleno Beira-Rio, e conseguiu mais uma estrela para a camisa; no campeonato cujas finais ocorreram no começo de 89.
* Foi também ano do recorde de público da Fonte Nova, a casa do Bahia, quando recebeu 110.438 pagantes na semifinal que o Tricolor eliminou o Fluminense: 2 a 1.
** Depois da conquista, Carnaval na cidade. “Não era feriado nem dia santo, mas, naquele 22 de fevereiro, Salvador parou. Todo mundo sabe quando a festa começou, mas ninguém lembra quando ela acabou…”
Segundo Luís Fernando Veríssimo – colorado assumido – para o Jornal do Brasil, ” O Internacional perdeu para um time melhor. Ponto.” Enquanto isso, Juca Kfoury , da Revista Placar, escreveu: “O Bahia não é simplesmente o único clube nordestino campeão brasileiro. O Bahia agora tem um título que nem Corinthians, nem Santos, nem Botafogo, nem Cruzeiro possuem – para ficar apenas entre os maiores do nosso futebol, integrantes do Clube dos Treze. O Bahia não é um campeão qualquer. É o campeão. (…) Campeão porque nas fases finais fez tudo o que se exige de um time vencedor. E campeão porque talvez nenhuma outra legião de seguidores mereça há tanto tempo esse título. A nação tricolor fez da paixão pelo Bahia uma profissão de fé que transforma a Fonte Nova no templo mais carinhoso do futebol brasileiro…”
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ALMANAQUES:
BA-Vi, o maior clássico
do Norte-Nordeste
1931, o primeiro ano
de uma longa história
Bahia, primeiro
Campeão Nacional
Bahia, Campeão
Brasileiro de 1988
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