Domingo é dia de BA-Vi. O primeiro do ano. Era para ser uma grande festa, mas os conflitos provocados pela não-realização do Campeonato do Nordeste fizeram com que o rubro-negro retaliasse o Estadual, colocando para jogar um time mesclado de juniores e profissionais.
Resultado: o torcedor não está empolgado com o clássico e nem com o Baianão que à exceção dos BA-Vis e decisões nesses últimos anos vem sendo um fracasso de renda. Os cartolas decidiram esvaziar o espetáculo com brigas de bastidores, enquanto nas arquibancadas a rivalidade entre tricolores e rubro-negros jamais foi motivo para violência. Ao contrário, o confronto baiano é considerado como o clássico da paz, tanto na Fonte Nova como no Barradão.
A bola vai rolar a partir das 17 horas para os profissionais. Antes, às 15 horas, jogam os juniores de Bahia e Vitória-BA pelo Campeonato Baiano da categoria.
Em fim de carreira, o gaúcho Carlos Eugênio Simon árbitro brasileiro na última Copa do Mundo foi o indicado pela Federação Baiana de Futebol para controlar o clássico.
Do lado do Bahia, as perdas de Daniel, Calisto, Geraldo e Robson enfraqueceram ainda mais o grupo, que por pouco não foi rebaixado para a Segunda Divisão no Brasileiro de 2002. Voltou o meia Preto e foram contratados Cláudio, Marcelo Silva, Marcos Paulo e recentemente Arlindo Maracanã.
As baixas do lado rubro-negro também foram significativas. Foram embora Aristizábal, André, Emerson, Jean e outros menos votados. E para completar, os que ficaram não vão poder enfrentar o maior rival, a não ser que o presidente Paulo Carneiro mude de idéia na última hora.
O técnico Candinho vai estar no banco do Bahia, mas do lado do time de Canabrava o comando da equipe será de Nelsinho Góes, enquanto Joel Santana vai ter que assistir o jogo das arquibancadas.
Coisas do desorganizado futebol brasileiro.
Adaptado do jornal A Tarde
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