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Líderes das T. Organizadas mostram-se omissos

Notícia
Historico
Publicada em 8 de junho de 2003 às 15:26 por Da Redação

Logo que a notícia do aumento foi anunciada, a indignação circulou por toda a cidade. Afinal, as pessoas se perguntavam: se os jogos de futebol já não valiam os R$ 10 como é que agora os cartolas tinham coragem de elevar o preço para R$ 20?

Entre as reações mais indignadas, a palavra greve foi a que mais se ouviu. Ir ao estádio a 20 paus só se for por um motivo bem melhor que Bahia e Vitória-BA.

Diante da reação geral, as lideranças de Torcidas Organizadas do Bahia, bem relacionadas com a direção do clube, se empenharam em aliviar a barra pesada dos cartolas. Ponderados, os líderes pediam calma. “Achei o aumento exagerado, mas futebol ainda é muito barato em relação a outros tipos de lazer”, defendeu o presidente da Povão, Rosalvo Castro.

Comerciante, ele admite que nos primeiros dias a galera vai pensar duas vezes antes de ir para a Fonte Nova. Sua Organizada foi fundada em 1993 e leva entre 500 e 700 torcedores ao estádio, em média, nos jogos de maior público. Ele receia que o pessoal vá relacionar de imediato o absurdo do aumento ao retorno que o Bahia não vem dando ao investimento. “Se o time estivesse em boa situação, até colava mais fácil”, disse.

A líder da Fiel, Fátima Santos, disse que não esperava um aumento tão grande. Para ela, a elevação de R$ 15 seria razoável. A Torcida tem 3,5 mil associados, dos quais cerca de 500, em média, freqüentam a Fonte, segundo a mesma.

“Vai cair bastante o número, mas não queremos nenhum protesto, pois não faço nada que venha prejudicar o meu Bahia”, antecipou Fátima. O atacante Marcelo Nicácio, convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 tocava repique na Fiel. Esse se livrou do aumento.

O chefe da Tricoloucos, o promotor de eventos Naldinho Franco, estima em 40% a redução de público no estádio por causa dos preços. Mas rejeita qualquer idéia de protestar. “Não é nossa linha”, descarta, antes de confessar sua decepção: “Pelo Bahia estar como está e pelo valor, acho que ficou um pouco salgado”.

No Vitória-BA, reinou o silêncio. As torcidas estão em processo de fusão, de acordo com o planejamento da direção do clube. O controle da opinião pública, por meio dos grupos organizados, vai evitar problemas como manifestações de protesto no Barradão.

A Tarde (Adaptado)

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