Centroavante acusa a imprensa de fazer fofoca

“Não vi e não ouvi nada, porque estava com o vidro fechado. Não quero falar sobre o assunto e acho que não tenho que mostrar mais nada em campo”.

Dessa forma, o atacante Nonato tentou minimizar os protestos dos torcedores, nesta quarta-feira à tarde, no Fazendão. Mas, aos poucos, foi respondendo às perguntas da imprensa.

A torcida o acusava de ter dito que se a diretoria do Bahia reduzisse o ingresso para R$ 1, “os babacas encheriam a Fonte Nova”. Ele negou que tivesse afirmado isso e reclamou que “alguém da imprensa”, sem dar nome, estaria interessado em fazer fofoca.

Nonato demorou para chegar ao CT, mas os manifestantes não desanimavam e faziam brincadeiras, declarando que o jogador estaria chegando de avião ou “no caminhão da experimenta”.

Penúltimo a aparecer para o treino, Nonato teve o carro cercado pelos torcedores, mas conseguiu se livrar rapidamente, recebendo a ajuda de quase 20 policiais que estavam no local, em quatro viaturas.

O meio-campista Preto disse que essa era uma reação natural, porque todos estão apreensivos com a situação do Bahia: “O desespero não escolhe momento e é difícil conter as reações das pessoas”.

Para contrastar com o protesto na portaria do Fazendão, o segurança Nerivaldo Alves da Silva, 33 anos, e seu sobrinho Danilo Oliveira, 16, resolveram colocar o hino do Bahia, em várias versões, no som da casa onde moram, na Rua Ubirajara Rosa.

A canção, nas vozes de Caetano, Gal, Bethânia e Gil, ecoava no gramado, enquanto Nerivaldo pedia aos jogadores, pela varanda da casa, que tivessem mais emoção e “ficassem arrepiados”, como ele, ao ouvirem a melodia.

A Tarde (Adaptado)

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