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Armando Oliveira: Fracasso anunciado

Notícia
Historico
Publicada em 26 de novembro de 2003 às 02:36 por Da Redação

Assinamos embaixo o texto do comentarista esportivo Armando Oliveira, publicado na edição desta terça-feira do jornal A Tarde, através da coluna intitulada “Gol de Placa”. Confira:

“FRACASSO ANUNCIADO

Nona colocação no Campeonato Baiano, praia onde sempre nadou de braçadas, já fora um mau presságio não detectado pela insensibilidade do comando tricolor.

Antes, os descartes de Calisto, Geraldo, Robson e Ramalho, jogadores que haviam contribuído para a fuga do rebaixamento de 2002, seguido de contratações nominalmente expressivas, tipo Paulo Sérgio e Adriano, porém ex-jogadores em atividade, isso depois de Candinho haver batido em retirada.

Vida seguiu com a ausência do Nordestão, a pífia participação na Copa do Brasil, a dança dos treinadores, alternando Bobô duas vezes e Evaristo de Macedo, historicamente ligados ao clube, com Lula Pereira e Edinho Nazareth, estranhos no ninho e detentores de modestos currículos.

Enquanto havia prazo para contratar, opções infelizes, expectativas frustradas e a instalação de um forno crematório, onde jovens promessas foram incineradas, a exemplo de Fabiano, Cícero, Luís Fernando, algumas fugazes aparições como Ari e Bruno, irregularmente lançados e que, por inépcia dos protestantes, não lhe acarretaram a perda de escassos pontos conquistados dentro do campo.

Enquanto o prazo não se esgotou, não faltaram advertências quanto à necessidade de se recompor setores, susbstituir peças defeituosas, estabelecer critérios inteligentes nas contratações e dispensas, mas se pregou no deserto.

Desde que tomou nas mãos as rédeas do futebol tricolor, após romper com antigos companheiros e auxiliares por motivos algo nebulosos, o presidente assumiu uma postura ufanista, a ponto de considerar seu elenco do mesmo nível de 20 concorrentes, somente abrindo honrosas exceções a Cruzeiro, Santos e São Paulo, ou fazer projeções aleatórias, como a conquista do título nacional daqui a três anos.

Palavras ao vento, o Bahia afunfando cada vez mais no grupo de risco, único sem vencer fora de casa, ao se chegar no limite fatal para reforços, teria que fritar seu esquálido suíno com a própria banha.

Foi quando rolou o inconcebível “pacote de Edinho”, quatro jogadores demitidos sem qualquer justificativa plausível, empobrecendo ainda mais um elenco indigente, tanto qualitativa, quanto quantitativamente.

A derrota de domingo, diante do desfalcado e burocrático Atlético/PR, não ocorreu por razões específicas e circunstanciais, mas foi o coroamente de uma sucessão de erros que poderá desaguar no iminente rebaixamento à segunda divisão.”

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