Centroavante apronta mais uma das suas

Era tudo o que o técnico Edinho Nazareth não queria, mas aconteceu. Outra vez o atacante Nonato foi o protagonista da cena, quebrando, em parte, o clima de tranqüilidade do refúgio de Mogi Mirim.

Depois de uma atuação desmotivada no time reserva, com direito a dedo na boca e mão na cintura (e de ser o único a não fazer os trabalhos de alongamento), ele chamou o técnico Edinho Nazareth para uma conversa a sós, ainda no campo, deixando o grupo esperando o desfecho no ônibus.

Foram quase 20 minutos de diálogo entrecortado por muitos gestos do treinador, que a todo momento balançava a cabeça em tom de desaprovação. Cabisbaixo, Nonato deixou o gramado e se dirigiu para o ônibus sem dar uma palavra, enquanto Edinho se recusava a dizer o teor da conversa.

“Somente ele pode dizer o que foi, porque foi ele que me chamou para conversar e eu não posso ficar aqui olhando para algo que está fora do meu foco, que é buscar as vitórias nos próximos jogos”, disse o técnico, visivelmente triste com o novo fato.

O comandante tricolor afirmou que tem que respeitar o lado de cada um, mas que o Bahia não pode ter este desgaste, porque o time foi para Mogi buscando exatamente uma união maior entre todos os jogadores e a comissão técnica.

O preparador físico Flávio Trevisan confirmou que o atleta não participou dos trabalhos de alongamento: “Hoje realmente foi um dia onde ele nitidamente não fez as atividades e eu deixei passar porque acho que ele deveria estar com algum problema”.

Ele também declarou que o ex-camisa 11 possui uma “certa deficiência em termos de flexibilidade, mas ainda assim sempre participou de todas as atividades. Hoje foi um dia atípico e eu respeitei”, concluiu.

A Tarde (Adaptado)

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