O Bahia enfrentou um pequeno contratempo em seu retorno à cidade que virou amuleto do clube. O treino desta quinta-feira atrasou porque Ademar Pedroso, funcionário do Mogi Mirim Esporte Clube, bateu pé firme para evitar que os jogadores utilizassem um dos gramados do CT do time paulista.
Por causa da chuva, ele exigia que a grande área fosse coberta com uma lona, para maior preservação da grama, o que não agradou ao Tricolor. Na queda de braço, prevaleceu a vontade de Seu Ademar.
Doze dos seus 46 anos foram para cuidar dos três campos de treinamento do Sapão, como é conhecido o Mogi (pelo fato de sua sede ficar perto de um brejo). Com a fala mansa, Ademar é o típico caipira, tão bem retratado por Monteiro Lobato, criador do Jeca Tatu.
Mas o jeito pacato do paulista foi para o espaço quando o Esquadrão quis treinar sem a tal lona. Aí o matuto virou fera. Não treina de jeito nenhum. Vai estragar meu tapete. O Mogi, que é o dono da casa, treina com lona, então o Bahia tem que usar também, indignou-se.
Conversa de lá, conversa de cá, tudo ficou resolvido. O presidente do clube, Wilson de Barros, entrou no circuito e os problemas foram sanados. A lona foi colocada no gramado, o técnico Edinho dirigiu um treino leve e a paz reinou no CT. Sob o olhar atento de Seu Ademar, naturalmente.
A Tarde (Adaptado)
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